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Projeto na UFSM desenvolveu software para rastreabilidade e controle de qualidade da produção que hoje é utilizado no Frigorífico Silva



O projeto de pesquisa elaborado a partir de um Termo de Cooperação entre UFSM e Frigorífico Silva desenvolveu um software com tecnologia Blockchain para rastreabilidade da cadeia de produção. O programa garante imutabilidade dos dados em razão da tecnologia utilizada para conferir segurança ao processo de produção dos alimentos. 

A iniciativa mapeou todos os processos do Frigorífico para o levantamento das necessidades da produção para o desenvolvimento do sistema. Professores e estudantes da UFSM puderam acompanhar os colaboradores da empresa no dia a dia de trabalho a fim de identificar como utilizar a tecnologia a favor da cadeia de produção. 

Equipe de professores do projeto no Frigorífico Silva (Foto: Divulgação)

O projeto foi coordenado pelos professores do Colégio Politécnico Alencar Machado e Vinícius Maran. Maran conta que os alunos do curso de Sistemas para Internet participaram ativamente no desenvolvimento do software:

“Nós sempre buscamos inserir os alunos nessas iniciativas. Então, eles nos acompanharam nas visitas. Como faríamos um sistema para o Frigorífico Silva somente de dentro do escritório, olhando apenas para telas e papéis? Não seria possível. Então, todos fomos com o equipamento necessário para conhecer a produção inteira deles. Essa etapa foi essencial nas atividades de mapeamento de processos que realizamos. Conhecer todos os processos nos permitiu mapear quais informações eram essenciais em cada atividade no processo e como o sistema poderia criar ligações entre essas informações. Isso foi feito desde a etapa inicial (recebimento de animais) até as etapas finais (distribuição de produtos finalizados para clientes). Tivemos uma interação bem grande dos alunos com o parceiro.”, conta o professor.

Como funciona?

O software desenvolvido é utilizado por meio de tablets pelos trabalhadores do frigorífico. Eles registram os dados do dia a dia da produção que ficam auditáveis. Dessa forma, a empresa e também os auditores têm a rastreabilidade de todos os processos envolvidos na produção para garantir a qualidade do produto final. 

Uma das tecnologias que podem ser utilizadas para isto é a Blockchain, que agrupa um conjunto de informações que se conectam por meio de criptografia. Essas informações são “seladas” e ganham uma espécie de carimbo com data e hora, chamado de timestamp, e são “empacotadas” com um identificador, chamado de hash. Então, os dados ficam sem possibilidade de alteração. É uma tecnologia já utilizada para dar segurança às transações financeiras, por exemplo. 

O professor Alencar Machado explica um pouco sobre o impacto dessa tecnologia na cadeia de produção:

“Existe uma auditoria muito forte dentro das cadeias de produção de alimentos. Nós sistematizamos um processo que antes era no papel. Então, isso tira aquela possibilidade do auditor olhar se o papel está rasurado ou se ele está na forma que se espera. E transferimos isso para um software onde ele não tem acesso ao banco de dados. A Blockchain vem para garantir que esses dados não foram alterados ao longo do tempo por nenhum desenvolvedor”, explica. 

As auditorias são realizadas pelo Ministério da Agricultura, que habilita o funcionamento do frigorífico, e por órgãos externos, que podem habilitar a exportação do frigorífico para novos mercados. Recentemente uma auditoria externa avaliou o frigorífico (inclusive com o sistema em funcionamento) e habilitou o frigorífico para exportação para o mercado americano (EUA). A tecnologia foi registrada pela UFSM e o Frigorífico Silva. 

Para o futuro, os professores imaginam poder escalar esse software para cadeias de produção de outros alimentos:

“A solução é escalável para outros setores de produção, não somente para frigoríficos. Sabemos do potencial, mas hoje também temos outros projetos no laboratório. Então buscamos dar atenção a todos. Temos a intenção de escalar as tecnologias desenvolvidas e integrar novas tecnologias”, conta o professor Vinícius Maran. 

Texto escrito por Débora Hundertmarck – Estagiária de Comunicação da Proinova

 
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