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FINOVA Social 2025: novas iniciativas unem arte, design e inclusão para transformar realidades



Dando continuidade à série sobre os projetos contemplados pelo FINOVA Social 2025, programa de bolsas da Proinova/UFSM que apoia iniciativas nas áreas Tecnológica, Empreendedora e Social, esta edição apresenta três ações que integram arte, design, tecnologia e inclusão para aproximar a universidade das comunidades e promover transformação social.

Arte e tecnologia em diálogo com saberes indígenas

O projeto “Contribuições da Arte e Tecnologia no ensino das tecnologias digitais emergentes”, coordenado pela professora Andreia Machado Oliveira, nasceu a partir de uma pesquisa de mestrado e de uma experiência vivida pela docente junto a comunidades indígenas Quéchuas, no Peru. A vivência despertou reflexões sobre formas colaborativas de relacionar arte e comunidade, indo além de abordagens meramente temáticas.

No Labinter (Laboratório Interdisciplinar Interativo da UFSM), Andreia encontrou um espaço para desenvolver práticas dialógicas e processuais, em parceria com o PET Indígena e o estudante Juscelino, que levou o projeto para o contexto das comunidades Kaingang da região.

As atividades passaram a ocorrer na Terra Indígena do Guarita, próxima a Tenente Portela, com oficinas educativas e ações de cartografia conduzidas por Juscelino. Nelas, as crianças utilizaram tablets para registrar entrevistas e mapear o território. Dessa experiência surgiu o jogo digital Kamé Kairu, criado em 2016, com participação direta das crianças na criação dos desenhos e narrativas baseadas na oralidade e nas tradições Kaingang.

Além do jogo, o grupo desenvolveu livros digitais, jogos de tabuleiro e oficinas educativas, levando cultura e tecnologia a escolas municipais e aproximando a produção acadêmica da UFSM de diferentes públicos.

Segundo a professora Andreia, o apoio do FINOVA Social foi essencial para garantir a continuidade do trabalho. “Se não fossem os editais, a gente não teria a permanência dos bolsistas. Esse apoio é essencial, porque é o modo de garantir que eles sigam trabalhando e desenvolvendo as ações junto à comunidade”, afirma.

Teatro acessível e poéticas inclusivas

O projeto “Práticas cênicas acessíveis: dimensões, abordagens e poéticas na cena contemporânea”, coordenado pela professora Márcia Berselli e desenvolvido com a bolsista Maria Laura, integra o grupo de pesquisa Teatro Flexível: Práticas Cênicas e Acessibilidade.

A iniciativa busca promover a acessibilidade nas artes cênicas, tanto nos processos de criação quanto nas ações pedagógicas e formativas. Em parceria com o grupo teatral “Por Que Não?”, ativo em Santa Maria desde 2010, o projeto investiga estratégias para tornar as produções mais acessíveis e inclusivas.

O trabalho envolve o uso de tecnologias assistivas, como audiodescrição e Libras, mas também propõe o conceito de poética acessível, uma criação que já nasce inclusiva, sem depender de adaptações posteriores. A pesquisa da bolsista analisa como a cena pode integrar visualidade, transições, iluminação e gestualidade desde os ensaios, de modo acessível e sensível. “Mais do que adaptar, buscamos criar a partir da diversidade. É pensar a acessibilidade como potência criativa, não apenas como requisito técnico”, destaca a professora.

Design e sustentabilidade em territórios locais

No curso de Desenho Industrial da UFSM, o projeto “Projetando Futuros Possíveis: Design de Transição para a Sustentabilidade e Inovação Social nos Territórios” é orientado pela professora Carolina Iuva de Mello e conta com a bolsista Fernanda Martins de Brum.

A proposta baseia-se na teoria do Design de Transição, que estimula práticas voltadas à sustentabilidade e à inovação social frente aos desafios contemporâneos, como as mudanças climáticas e as desigualdades sociais. O projeto adota o princípio do localismo cosmopolita, valorizando o conhecimento local e sua difusão global por meio da colaboração entre diferentes áreas do saber.

Em 2023, a iniciativa firmou parceria com o projeto Tecendo Santa Maria, que envolve o laboratório de tecelagem da Zootecnia. O trabalho reuniu designers, pesquisadoras e artesãs e resultou em uma exposição no Jardim Botânico da UFSM e no lançamento de um livro digital durante a Feira do Livro de Santa Maria.

Em 2025, o projeto segue promovendo oficinas de formação e integração com a comunidade, realizadas no Hub de Inovação Social, na Antiga Reitoria. A professora explica: “Nosso objetivo é criar espaços de debate e experimentação, aproximando a formação acadêmica das práticas sustentáveis e colaborativas que emergem nos territórios”.

Os três projetos contemplados pelo FINOVA Social 2025 reforçam o compromisso da UFSM em estimular ações que unem conhecimento acadêmico, criatividade e engajamento social, transformando realidades por meio da arte, do design e da inclusão.

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