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Museu Itinerante: a arte, a ciência e a tecnologia como ferramentas de aprendizagem da neurociência



Exposição do Museu Itinerante, no prédio 40 (CAL) da UFSM. Foto: Arquivo pessoal.

Entre 2014 e 2017, o “NeuroArTe: Museu Itinerante de arte, ciência e tecnologia” foi desenvolvido na UFSM e ao longo desses três anos muitas atividades já foram executadas em diferentes cidades do estado. Esse é um projeto de extensão que se destaca pela transdisciplinariedade entre arte, ciência e tecnologia, tendo como tema principal a neurociência. A neurociência é a área que se ocupa em estudar o sistema nervoso, para desvendar seu funcionamento, estrutura, desenvolvimento e eventuais alterações que sofra.

Pensando em como estimular a criatividade do público e tornar o aprendizado mais lúdico e divertido, surgiu a proposta de trabalhar a neurociência através da arte. No Museu Itinerante, o conhecimento foi levado à diferentes lugares, disseminando e popularizando a neurociência entre estudantes do ensino fundamental, médio e superior. Aqui na UFSM, o museu passou pelos halls de vários centros, assim como também em outras cidades. O acervo é aprimorado a cada ano, pois a temática explorada em cada período é diferente e, segundo a coordenadora Maria Rosa Chitolina Schetinger, “no projeto original, o objetivo principal era a apresentação do museu apenas para alunos carentes provenientes de escolas de periferia”, mas já na primeira edição da exposição, em 2015, foram desenvolvidos módulos interativos voltados aos públicos de todas as idades.

Nas exposições realizadas em 2015 foram utilizados diferentes tipos de jogos e ferramentas, como o Mind Flex Dual Game, o Gerador de Van der Graaff, a Estrela Espelho e a Pilha Humana. Ainda nesse ano, uma das criações do projeto foi o documentário “O Cérebro de Thauan”, possibilitando tornar mais simples e divertido entender as diferentes situações, respostas e potencialidades do cérebro humano. 

Módulo “Três Graças em Vasos Brancos” do Museu Itinerante. Foto: Arquivo pessoal.

Já em 2016 foram construídos mais cinco módulos que fazem parte do acervo do museu. Dentre eles Maria Rosa destaca o “Três Graças em Vasos Brancos”,  que segundo ela é “um módulo que propõe uma vivência inusitada a quem interage, pois o público é convidado a aproximar-se de vasos sanitários e enxergá-los de um modo diferenciado”. Na atividade estão dispostos três vasos sanitários e cada um deles é responsável pela estimulação de sentidos do corpo humano. No primeiro, os indivíduos se deparam com um tecido que possui uma fenda para o visitante colocar a mão, e ao fazê-lo, perceber as diferentes texturas de seu interior. Em seguida, o observador aproxima o ouvido do fundo do vaso, de onde consegue perceber sons de água. No último, o visitante é convidado a contemplar o interior do vaso, enquanto assiste a um vídeo com ondas do mar. 

Ainda segundo a coordenadora, “no ano passado foi trabalhado o conceito de Neurobioarte e nesse ano o conceito de Arte e sustentabilidade, onde conseguimos criar novas experiências sensórias em ambiente virtual”, tudo isso para construir um ambiente com diferentes informações que deve ser acessado, compreendido e usado por qualquer pessoa, sem necessidade de adaptação. Além das ações expositivas já realizadas, a professora destaca que já foram publicados capítulos de livros, artigos e houve ainda a realização de palestras em eventos mostrando a experiência exitosa do projeto.

Avaliando o projeto, a professora acredita que “as interações, apesar de cansativas, foram um dos pontos mais significativos do NeuroArte tanto do ponto de vista de aceitação e entendimento de nossa proposta pelos visitantes tanto quanto do aprendizado de toda a equipe”. O próximo passo que o grupo pretende dar consiste principalmente em alocar as exposições em um ambiente adequado, deixando todo o acervo disponível a qualquer pessoa que tenha interesse na temática, promovendo diferentes níveis de interação com o público através da estimulação de seus sentidos.

Sob a coordenação da professora do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular do CCNE, Maria Rosa Chitolina Schetinger, fizeram parte da equipe do projeto a professora do Departamento de Artes Visuais do Centro de Artes e Letras (CAL), Nara Cristina Santos (vice-coordenadora), Jessié Gutierres (aluno de doutorado de Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências/UFRGS) e os bolsistas Carlos Donaduzzi, Manuela Vares e Natascha Carvalho. Além deles, na criação dos módulos o projeto contou com a colaboração do prof. Marcelo Birck do curso da Música da Universidade.

 

Texto por: Lucas Zimmermann, acadêmico de Comunicação Social – Relações Públicas e bolsista do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE

Edição: Wellington Gonçalves, relações públicas do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE

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