Comemorado em 29 de maio, o dia do Estatístico é lembrado nessa data pois em 1936 o Instituto Nacional de Estatística (INE) deu início às suas atividades, ocasião em que se determinou essa data para celebração da profissão. No ano seguinte, o Conselho Brasileiro de Geografia incorporou-se ao INE e passou a se chamar Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, por isso, hoje se comemora também o dia do Geógrafo. Falando da estatística, a atuação do profissional dessa área está ligada a coleta e ao processamento de dados e já que o mundo organizacional vem se desenhando cada vez mais com base em dados e elementos estatísticos para obter informações sobre os processos de trabalho e principalmente sobre a circunstâncias econômica e social, o campo de atuação dos estatísticos só crescer.
Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o curso de Bacharelado em Estatística foi criado em 2009, vinculado ao Programa REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), sendo o único curso de Estatística do interior do Rio Grande do Sul. De acordo com a coordenadora substituta, professora Angela Isabel Dullius, “o diferencial do nosso Curso é formar profissionais capacitados, com formação científica para atender às diferentes demandas da sociedade, com visão crítica e criativa, sem esquecer dos princípios éticos regulamentares da profissão“. Sendo assim, há a oferta de uma formação técnico-científica, profissional e humanística.
Na visão da acadêmica Daíse Vargas, analisar dados é ajudar toda uma sociedade a se desenvolver, é fazer parte da evolução e da história de pessoas, empresas, países, é entender o meio em que vivemos e compartilhar com as pessoas, é descobrir sobre as pessoas e sobre o mundo e a partir disso é possível modelar o futuro. Segundo ela, “podemos analisar dados de tráfego de veículos nas cidades, auxiliando na melhoria da mobilidade urbana , em experimentos agrícolas, facilitando o desenvolvimento deste segmento. Daíse destaca ainda a possibilidade de atuação em diversas áreas do conhecimento, tomando como exemplo sua área de pesquisa: a construção e validação de instrumentos que possibilitam dados sobre saúde, permitindo a elaboração de estratégias para melhorias na qualidade de vida das pessoas.
No cenário brasileiro, um dos grandes destaques da área é Gauss Moutinho Cordeiro, professor titular do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Pernambuco. graduado em Matemática e Engenharia Civil, foi no seu doutorado em Estatística pelo Imperial College, University of London (1982) que ele passou a se dedicar exclusivamente a área. Foi Presidente da Associação Brasileira de Estatística (ABE) de 2000 a 2002 e recebeu o Prêmio ABE-2008 pelos relevantes serviços prestados à Estatística e, em 2010, o grau de Comendador da Ordem do Mérito Científico. Além disso, o professor é membro da Academia Pernambucana de Ciências e seu trabalho é extremamente reconhecido quando se trata da teoria assintótica, da inferência estatística e da distribuições de probabilidade.
Em 2018, Gauss participou da V Semana Acadêmica da Estatística, organizada pelo Diretório Acadêmico da Estatística da UFSM. Na oportunidade ele destacou as qualidades do campus da UFSM e a organização do evento no qual ele foi convidado para falar sobre suas experiências nos estudos da Estatística e do contexto histórico da área. Para os estudantes fica clara a paixão do professor pela área, pois “ele vive a Estatística, ele domina os conceitos e é muito inteligente, sem contar na simpatia e na disponibilidade em esclarecer dúvidas e conversar com qualquer pessoa sobre a Estatística”, conclui Daíse.
Ainda no contexto da Universidade, atuando desde 2016, a Sigma Jr é a única empresa júnior do CCNE. Vinculada ao Departamento de Estatística, a Sigma presta serviços de consultoria em estatística e uma de suas principais realizações é a satisfação dos clientes que retornam para a realização de novos projetos e indicam a empresa para outros. Além disso, a empresa também é reconhecida perante a Brasil Júnior, a confederação brasileira de empresas juniores, e é uma das possibilidades de os acadêmicos do curso adquirirem experiências vindas do mercado de trabalho.
Texto por: Lucas Zimmermann, acadêmico de Comunicação Social – Relações Públicas e bolsista do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE
Revisão: Wellington Gonçalves, relações públicas do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE
