A palestra ocorrerá segunda-feira, 12 de junho de 2023, às 16h, no auditório do INPE.

Ela é organizada pela COESU/INPE e GPESC/CT – UFSM (Grupo de Pesquisa em Engenharia de Sistemas e Complexidade).

Palestrante

Fabiano S. Rodrigues
Eugene McDermo6 Associate Professor of Physics and Electrical Engineering
W. B. Hanson Center for Space Sciences
The University of Texas at Dallas, Richardson TX, USA

Resumo

A região do espaço exterior próxima à Terra é conhecida como geoespaço e inclui a magnetosfera, ionosfera e a atmosfera superior. A ionosfera, em particular, é uma região extremamente interessante. Ela pode ser descrita como uma região de plasma colisional, com elétrons livres e íons sendo criados, em grande parte, pela fotoionização solar da atmosfera neutra. A variabilidade do plasma ionosférico é impulsionada por variações na atividade solar, bem como por variações na atmosfera inferior. Portanto, a ionosfera oferece oportunidades para uma ampla gama de estudos fundamentais. Além disso, o plasma ionosférico também afeta a propagação de sinais de rádio usados para comunicação, navegação e sensoriamento remoto. Como resultado, uma variedade de sistemas civis e militares pode ser afetada pelo estado da ionosfera. Nesta apresentação, forneceremos uma breve introdução ao ambiente geoespacial. Em seguida, forneceremos informações que motivarão estudos fundamentais e aplicados do geoespaço com ênfase na ionosfera terrestre sobre o Brasil. Em seguida, faremos uma descrição de nossos esforços em relação à instrumentação em terra para estudos experimentais de sensoriamento remoto. Os esforços incluem experimentos com uma variedade de sistemas de radar, o desenvolvimento de sensores de baixo custo baseados em GNSS para estudos de desvanecimento do sinal (cintilação) associado a perturbações no canal de propagação ionosférico e um projeto internacional, multi-institucional dedicado ao desenvolvimento de infraestrutura que expandirá as capacidades observacionais do Observatório de Rádio Jicamarca, no Peru. Também descreveremos como a instrumentação em terra pode ser usada, em conjunto com sensores de satélite, para avançar em nossa compreensão da variabilidade ionosférica e seu impacto nos sistemas. Por fim, oportunidades de colaboração serão discutidas.