Carlos Benetti é Técnico Administrativo em Educação no CTISM desde 2013, mas a sua história com o Colégio começa bem antes disso. Em 2000, iniciou o curso Técnico Pós Médio (hoje chamado subsequente) em Mecânica. Quando se formou, no ano de 2002, começou a trabalhar na empresa IDEMA- Peças e Máquinas Agrícolas LTDA, onde permaneceu por quase cinco anos. Depois disso, seguiu trabalhando em algumas empresas até que, em 2013, foi chamado para assumir como servidor em um concurso que havia prestado na UFSM no ano de 2012.
Desde maio de 2013, Benetti trabalha no Núcleo de Infraestrutura do Colégio, atuando como Técnico em Mecânica. Ele é responsável pela manutenção de alguns laboratórios, além de auxiliar os alunos em projetos de ensino, pesquisa e extensão. Atualmente, participa ativamente de 5 projetos, mas já integrou mais de vinte ao longo dos anos, envolvendo cursos de nível Técnico, Graduação e Pós-Graduação. Entre eles estão o Bombaja, o projeto Carancho de aeromodelismo e trabalhos de engenharia mecânica e de fabricação.
“Os alunos me procuram quando precisam de ajuda em algo relacionado à usinagem, principalmente CNC e corte a laser. Eu entro no projeto como integrante e ajudo na parte que eles não dominam totalmente”, explica.
Histórias que marcam o coração
Carlos se recorda de diversas histórias que viveu ao longo dos anos, desde os tempos de aluno. Mas, uma em especial ecoa em suas lembranças: no primeiro dia de trabalho no CTISM, quando o então vice-diretor descreveu, quase como uma profecia, o caminho que ele seguiria ali dentro: graduação, mestrado e, possivelmente, futuramente, concurso para professor. “Em cinco minutos ele escreveu minha vida pelos próximos anos. E, de fato, foi acontecendo”, recorda. Além disso, as aulas com o professor Paulo Vizzoto, nas áreas de usinagem e torno mecânico são memórias que Benetti irá guardar para sempre.
Entre os colegas, destaca a parceria com Dalcione Weber, com quem possui uma relação de amizade e companheirismo dentro do Colégio. Para ele, é fundamental ter alguém para discutir e trabalhar junto, “eu me identifico muito com ele. É uma pessoa que eu admiro muito aqui dentro, sempre me ajudou muito e continua me ajudando”.
Com os alunos, o vínculo é ainda mais forte. Ele já ajudou estudantes a conseguir estágios, acompanhou projetos de perto e até manteve amizades além da sala de aula. Ver o crescimento deles é, para ele, uma das partes mais gratificantes do trabalho. “É muito bom ver alguém usar um conhecimento que tu ensinou e caminhar sozinho. Aí tu percebe que aquilo valeu a pena.”
Planos para o futuro
Em 2018, Benetti finalizou a graduação em Fabricação Mecânica e, mais recentemente, em 2025, concluiu o mestrado. Agora, planeja prestar concurso para professor do CTISM, mas sem pressa. Ele pretende se dedicar à família, é pai de duas crianças, uma delas com síndrome de Down. Carlos conciliou estudo, trabalho e vida familiar para concluir a graduação em Fabricação Mecânica em 2018 e, mais recentemente, o mestrado, finalizado em 2025. Ele reforça que nada disso teria sido possível sem o apoio da esposa, que esteve ao lado dele durante toda a caminhada,inclusive nos períodos mais intensos de aulas, trabalho e responsabilidades em casa.“Se não fosse ela, eu não teria terminado nada. Enquanto eu estudava, ela segurava muita coisa sozinha em casa. Sempre me apoiou, nunca reclamou. A minha formação é nossa, não só minha”, reconhece.
Agora, ele sonha em prestar concurso para professor, mas sem pressa. “Eu amo ensinar. Me identifiquei muito ajudando nas aulas práticas. Mas agora quero aproveitar minhas filhas enquanto são pequenas.” Recentemente, ele também foi convidado a assumir a chefia do Núcleo de Infraestrutura com a eleição da nova gestão. Isso significaria um papel mais administrativo, mas ainda ligado às funções que já exerce.
Um caso de amor com o CTISM
Quando fala sobre o que o CTISM representa em sua vida, a resposta vem sem hesitação. “Eu sempre brinco dizendo que tenho onze meses de férias por ano. Eu venho para o trabalho brincar. Aqui eu me divirto”, diz, rindo. “Para mim, o CTISM é quase uma pracinha onde eu venho brincar todos os dias. Se me tirarem isso hoje, vai fazer muita falta.” A frase representa bastante a relação de Carlos com o Colégio: uma mistura de afeto, compromisso, pertencimento e paixão pelo que faz.
Texto: Myreya Antunes, bolsista de Jornalismo do Núcleo de Comunicação Institucional do CTISM.
Fotos: Alexandre Fortes.