Aconteceu na última segunda (29), na UFSM, a palestra “Instrumentos e processos de avaliação da extensão universitária”, com o professor Fernando Setembrino Cruz Meirelles, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Em uma conversa que rendeu debate entre o público presente, Fernando apresentou as potencialidades e deficiências da extensão universitária, além de propor possíveis soluções e deixar seus questionamentos para provocar reflexão.
Em suas falas, Meirelles defende que o ato de fazer extensão requer o que chama de “Poder de desempoderamento”, onde se assume o outro como ator e se abre espaço para um processo de compartilhamento. Segundo ele, uma relação de extensão requer respeito pelo outro, e para tanto, preconceitos devem ser deixados de lado.
Ao falar do papel social, o professor aborda a necessidade de se atentar às atribuições que se dá a universidade, e enfatiza que é preciso tirar da extensão a militância, o credo, a vocação e o voluntariado. “Universidade não é ONG, a universidade é laica”, diz.
Quanto ao que se busca na extensão, aponta que cabe à ela tornar visíveis pessoas ou grupos que são invisíveis na sociedade. Defende, ainda, que as dimensões de Ensino, Pesquisa e Extensão deveriam ser indissociáveis, e que o ideal seria que tivéssemos uma Pró-Reitoria de Formação, sendo responsável por articular essas três dinâmicas.
Meirelles finaliza afirmando que para se pensar em avaliar a extensão é preciso que se saiba, primeiramente, o que se pretende com ela, ou seja, quais são os seus objetivos. A partir de então será possível direcionar a extensão para uma extensão bem pensada e de qualidade, o que é o desafio das universidades.
Matéria: Sara Loureiro Kaipper (Curso de Comunicação Social – Hab. Publicidade e Propaganda)
Fotografia: Andreas Ross (Curso de Comunicação Social – Hab. Produção Editorial)
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