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Mobilidade elétrica nas escolas públicas: conheça o projeto Energizando o Futuro

O projeto promove cursos e oficinas sobre energias renováveis e mobilidade elétrica em escolas públicas do RS. A ação também incentiva a construção de mini veículos elétricos e movidos a hidrogênio



Em algum momento da sua vida, você já deve ter escutado que “um dia, os carros serão elétricos, e não mais movidos a combustíveis fósseis”. Apesar de essa realidade parecer distante, ainda mais em um cenário de crise energética que desponta no Brasil, o projeto “Energizando o futuro”, coordenado pela professora Natália Daudt, já começa a despertar as primeiras inquietações sobre o tema nas escolas de educação básica de Santa Maria. A temática das energias renováveis, alternativas e limpas sempre esteve presente na carreira da professora, que passou a dedicar, nos últimos anos, suas pesquisas para o tema. Ela conta que a ideia de desenvolver ações de ensino e de extensão neste campo, com alunos da graduação e do ensino básico, surgiu a partir de uma visita às universidades do exterior, o que a motivou criar o projeto para a construção de mini veículos movidos a hidrogênio.

“A interação entre estudantes de diversos níveis pode aumentar o interesse pela ciência, pelo meio ambiente e pelas novas tecnologias sustentáveis. A temática da energia é especialmente importante, uma vez que a sociedade e a indústria estão passando por uma grande mudança na matriz energética, e uso de energias sustentáveis apresenta um aumento progressivo. Inserir estes temas desde o ensino básico pode despertar o interesse e formar profissionais que atuem como protagonistas nas mudanças tecnológicas no setor da energia e da mobilidade”, enfatiza a coordenadora.

A ação de extensão tem por objetivo, além da interação dos estudantes, compartilhar conhecimentos sobre as novas tecnologias na área de energias renováveis e na mobilidade elétrica. Dentre as atividades propostas, estão minicursos sobre a temática, oficinas de construção de mini veículos elétricos e movidos a hidrogênio e uma competição desses protótipos. Atualmente, a ação está desenvolvendo quatro minicursos em três escolas da rede pública de ensino, contando com a participação de aproximadamente 40 estudantes do ensino básico e de 6 tutores dos cursos de Engenharia Aeroespacial e Engenharia Mecânica da UFSM.

“Nos minicursos são apresentados conceitos teóricos e demonstrações experimentais sobre energias renováveis, além de sua aplicação em veículos. Nas oficinas, os estudantes aprenderão a construir mini veículos elétricos e a hidrogênio, a partir de materiais reciclados, leves e de baixo custo. Esses veículos poderão ser carros, aviões ou drones, dependendo do interesse dos estudantes”, explana Daudt. Os veículos produzidos pelos estudantes beneficiados pela ação de extensão poderão participar de competições organizadas pelo Energizando o Futuro. “A competição será realizada em três modalidades: estudantes do nível fundamental, do nível médio e do nível superior. Isso possibilitará que os estudantes trabalhem em grupo na solução de problemas concretos desde o ensino básico”.

A ação de Extensão se insere em uma lacuna em que o Brasil ainda precisa de investimentos para o seu desenvolvimento sustentável. A professora destaca que há desafios tecnológicos para o país, especialmente no campo de baterias e células de combustível para impulsionar o uso de energias renováveis em veículos elétricos, mas que podem ser atendidos pelas universidades. “O setor industrial, principalmente do transporte, tem avançado a passos lentos no sentido de reduzir o consumo de combustíveis fósseis. Acredito que se políticas públicas assertivas foram adotadas no país, a transição de energia sustentável especialmente no setor de transporte terá um papel estratégico na recuperação econômica no pós-pandemia”, ressalta.

O projeto, que está alinhado ao ODS 07 – Energia acessível e limpa, da Agenda 2030, é um exemplo das atividades desenvolvidas pela UFSM para a promoção do desenvolvimento sustentável no Brasil. Além de atender os desafios energéticos propostos pelo protocolo, o projeto aplica no dia a dia os esforços articulados da instituição para o avanço social, econômico e ambiental do país. Através de ações coordenadas entre ensino, pesquisa e extensão, a instituição procura cada vez mais atender as demandas sociais e os desafios cotidianos que enfrentamos, como a mudança no clima global.

“As mudanças climáticas requerem ações imediatas. A redução das emissões de gases de efeito estufa, que deve ser uma dessas ações, é uma questão de saúde pública tendo em vista que a poluição do ar aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Muitos países, já modificaram a sua legislação, de modo a estimular prazos concretos para diminuição do uso de combustíveis fósseis e a proibição da circulação de veículos a combustão no centro de grandes cidades. Nesse contexto, políticas públicas vêm sendo adotadas para incentivar a mobilidade elétrica e o uso de energias proveniente de fontes renováveis como energia solar e eólica. O que pode ser comprovado pelo crescimento global das vendas de carros elétricos em 43 % no ano de 2020, mesmo com a crise econômica gerada pela pandemia.”, finaliza Daudt.

Especial Dia Mundial da Energia

Agenda 2030 na UFSM

A ação de Extensão apresentada neste texto atende aos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Acesse as imagens para saber mais sobre cada um deles.

ODS 4
ODS 7
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