Ir para o conteúdo CT Ir para o menu CT Ir para a busca no site CT Ir para o rodapé CT
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Telecom em extensão: universidade e comunidade conectadas

Projeto de extensão “Explorando a Engenharia de Telecomunicações” leva aprendizados do curso para fora da Universidade



Uma universidade pública não se mede apenas por seus índices de avaliação, rankings acadêmicos ou produção científica. Seu valor também está nas transformações que promove fora do campus. Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ações de extensão têm ampliado esse alcance, levando conhecimento para além das salas de aula e fortalecendo os laços com a comunidade. É nesse contexto que se destaca o projeto Explorando a Engenharia de Telecomunicações, que promove encontros marcados por descobertas, aprendizados e afetos.

Idealizado em 2023, o projeto tem como objetivo integrar os estudantes do curso de Engenharia de Telecomunicações com públicos diversos de Santa Maria. Por meio de oficinas práticas, o conhecimento técnico ultrapassa o ambiente acadêmico e se torna ferramenta de inclusão, criatividade e cidadania. Desde então, o grupo atua em escolas públicas e lares de longa permanência, com previsão de expandir sua atuação para atender também crianças em situação de vulnerabilidade social.

O projeto tem apoio do Observatório de Direitos Humanos (ODH) e do Fundo de Incentivo à Extensão (FIEX) da universidade e é coordenado pelo professor Samuel Valduga. “Mais do que ações pontuais, buscamos formar engenheiros com sensibilidade social, capazes de aplicar a tecnologia com empatia e propósito.” Afirma o docente.

Os resultados já podem ser vistos em iniciativas como as realizadas no Lar das Vovozinhas, onde vivem mais de 120 idosas da região. Uma antiga sala de informática desativada tornou-se ponto de encontro entre gerações: com paciência e carinho, os estudantes ensinam noções básicas de informática, como o uso do mouse, teclado e programas simples como o Paint, que logo se transforma em um ateliê digital cheio de cor e entusiasmo.

No Lar Vila Itagiba, uma instituição sem fins lucrativos que visa acolher idosos em situação de vulnerabilidade social e pessoal, de acordo com o princípio cristão de amor ao próximo e legislação vigente, para garantir assistência digna e humanizada. Nesta Instituição a ausência de computadores não foi obstáculo. As oficinas foram adaptadas com jogos voltados à mobilidade e à coordenação motora, sempre respeitando os interesses e limitações das participantes. A bolsista responsável pelas ações nos lares, Emili Spias, ressalta o impacto da iniciativa: “A gente vai lá com o cuidado de oferecer o melhor tempo de qualidade possível. Esse envolvimento também nos desenvolve como futuros profissionais integrados à sociedade.”

Já nas escolas públicas de Santa Maria, o foco está em despertar nos estudantes do ensino médio o interesse por cursos universitários, especialmente pela área da engenharia. As oficinas, com duração média de três horas, são divididas entre teoria e prática e adaptadas de acordo com a estrutura da escola — muitas delas sem laboratório de informática. Com criatividade, os materiais próprios do projeto (tais como cabos, sensores, leds e plataformas de prototipagem Arduino) garantem experiências que aproximam os alunos da realidade universitária. “É sair do livro, sair do que a professora está falando, e fazer algo prático. Isso estimula o interesse em procurar uma universidade e conhecer o curso,” conta a bolsista Luana Machado, que atua nas escolas.

Para Pedro Henrique Ochôa, também bolsista do projeto, participar das oficinas é uma oportunidade de consolidar a própria formação: “Com as oficinas, a gente se desafia a colocar em prática o que aprendeu na teoria. Isso fortalece nosso aprendizado.”

O projeto Explorando a Engenharia de Telecomunicações segue ampliando seu alcance. Em cada nova oficina, reafirma o papel social da universidade e revela o potencial transformador da ciência quando ela encontra as pessoas.Em cada clique curioso, em cada olhar atento, o projeto revela que a tecnologia pode ser ponte — e não barreira. Nas mãos de quem ensina e de quem aprende, o conhecimento se transforma em afeto, em possibilidade, em futuro. Levar a engenharia de telecomunicações para além do arco da UFSM é, acima de tudo, lembrar que a universidade pulsa mais forte quando caminha junto com a comunidade.

Mais informações disponíveis no Instagram @explorando_telecom

Texto por Emilly Vargas Wacht, acadêmica de jornalismo, com supervisão da Subdivisão de Comunicação do CT/UFSM

Fotos (Divulgação/Projeto Explorando a Telecom)

Quer divulgar suas ações, pesquisas, projetos ou eventos no site? Acesse os serviços de Comunicação do CT-UFSM! Siga o CT nas redes sociais: Facebook e Instagram!

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-375-6767

Publicações Relacionadas

Publicações Recentes