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Lixo no lixo, bituca na caixinha



A inserção da educação ambiental nos currículos é realidade na maioria das escolas brasileiras e o acadêmico, ao entrar na universidade, já reconhece formas e cores que remetem à separação de lixo – uma das principais referências quando tratamos de sustentabilidade.

Verde, azul, amarelo ou vermelho. Azul, vermelho, amarelo ou marrom. Quem circula pelo campus da UFSM se depara com lixeiras das mais variadas cores e tamanhos, além das caixas de compensado para eliminação das bitucas de cigarro. No entanto, a presença desses utensílios não impede a existência de resíduos no chão, principalmente, em áreas próximas às lancherias da UFSM.

O Diretório Acadêmico do Centro de Educação (DACE), preocupado com a situação de sujeira encontrada no chamado “novo jardim” – espaço de convivência localizado entre a entrada do CE e a lancheria Sabores da Casa –, promoveu o que chamou de mini-campanha de conscientização sobre o lixo jogado no chão do local.

 

 

Marcos Machado Paulo, coordenador geral do DACE e acadêmico do curso de Educação Especial Noturno, inovou: expôs em fotos aquilo que as pessoas não enxergam devido à uma prática irresponsável, mesmo que habitual, de fumantes e consumidores.

A iniciativa é simples: Marcos fotografou o local, ora com foco na sujeira, ora em flores encontradas no jardim. O contraste tem o objetivo de alertar para a limpeza e para o colorido do local, apagado pelo caminho marcado por bitucas de cigarro, plásticos e papéis, descartados pelos consumidores sem a preocupação com o ambiente e espaço de convívio.

“Coloquei o painel e fiquei algum tempo esperando para ver a reação das pessoas. Observei duas meninas fumando e aguardei terminarem o cigarro. Uma delas jogou a bituca na caixinha e a outra colocou no chão”, conta Marcos, que logo em seguida foi conversar com elas para descobrir o motivo. Segundo as meninas, as caixinhas estão sempre cheias, transbordando de resíduos que não apenas de cigarro.

Marcos destaca que a responsabilidade de controle dos lixos é da Sulclean – empresa terceirizada, responsável pela limpeza na UFSM. Porém, ela não pode dar conta sozinha de um problema ainda maior que tem como fundo a educação e a responsabilidade social. Por mais que a educação ambiental esteja presente nas escolas e que as cores indicativas de cada lixo sejam consenso entre a comunidade, acadêmica ou não, o ato de colocar cada lixo no seu lugar é negligenciado. Se os resíduos fossem colocados na lixeira adequada, não haveria enchente na caixinha e não haveria motivo para o descuido. Lixo é na lixeira, cigarro é na caixinha e a responsabilidade é de todos.

Repórter:

Gabriela Belnhak – Acadêmica de Jornalismo

Edição:

Gisele Dotto Reginato – Professora da disciplina de Teoria e Técnica de Jornalismo Digital II

Matéria produzida na disciplina de Teoria e Técnica de Jornalismo Digital II, no curso de Jornalismo.

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