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Alunos da UFSM buscam dupla titulação estudando em Coimbra



Em fevereiro de 2010, através de uma iniciativa conjunta do Grupo Coimbra de Universidades brasileiras e da Universidade de Coimbra (UC) foi lançado um edital que oferecia a possibilidade de alunos brasileiros cursarem uma parte de sua graduação na UC. O chamado Programa de Graduação Internacional em Modalidade de Dupla Titulação (PGIDT) tem como objetivo estimular a internacionalização de estudantes brasileiros de graduação.

Os alunos selecionados devem passar um período de dois anos letivos, iniciados em setembro de 2011, cursando a sua graduação em Coimbra.  Ao final desse período, retornam para sua universidade no Brasil, concluem seu curso e receberão um diploma de graduação da universidade brasileira, e um diploma de graduação da Universidade de Coimbra. Obtendo, assim, a dupla titulação.

Foram abertas candidaturas de projetos para as áreas de Geografia, Estudos Clássicos, História, Filosofia, Arquivística e Biblioteconomia, Estudos Europeus e Turismo, Administração, Geologia, Ciências Bio-analíticas e Farmácia Bio-analítica, Sociologia e Gestão.

Os professores coordenadores dessas áreas poderiam fazer um projeto e escolher os alunos que realizariam o intercâmbio em nível de graduação sanduíche. Na UFSM, apenas professores das áreas Arquivísticas e biblioteconomia e Sociologia apresentaram projetos. Assim, dois alunos de cada uma dessas áreas foram para Coimbra. Hoje, apenas os dois estudantes de Arquivologia permanecem na Europa.

Um deles é André Luiz Grendene de Azevedo, 25 anos. Na UFSM cursa Arquivologia, na UC o curso é de Ciências da Informação Arquivística e Biblioteconomia (CIAB), que pertence à faculdade de letras (FLUC). Quando saiu, no segundo semestre de 2011, André estava no 3º semestre da graduação, quando retornar precisará prosseguir do 4º, pois as cadeiras do curso na UC não são as mesmas de seu curso na UFSM. Na mesma situação se encontra Cassiano Brondani da Conceição, 27 anos, que era colega de André aqui e continuou sendo em Coimbra.

Logo que os estudantes chegaram em Coimbra receberam grande apoio das suas coordenações aqui na UFSM, mas atualmente esse contato está um pouco escasso. Ambos dizem ter sido muito bem recebido na UC tanto pela Coordenadora quanto pelos professores. Mas Cassiano pondera que a dupla titulação é uma realidade nova para cursos CIAB. Assim, a coordenadora teve dificuldade para encaixar os novos alunos.

Apesar de notarem que os portugueses são mais fechados que os brasileiros, os rapazes não tiveram grandes dificuldades para se adaptar ao novo ambiente. André foi o primeiro aluno oriundo do edital do PGIDT a chegar em Coimbra, mas logo viu que não estava sozinho, e conheceu muitos brasileiros. “No momento acho que conheço gente de todos os estados brasileiros e também muita gente de outros países que vieram estudar aqui na UC”, conta o intercambista. Cassiano explica que pelo fato da cidade ter muitos brasileiros, e de ele acabar morando com pessoas da mesma cidade a adaptação não foi difícil.  “Acredito que por ser uma língua semelhante ajudou muito. O clima é parecido, só inverte: quando aí está frio, aqui está calor”, justifica Cassiano.

 

Logo que chegou, André encontrou dificuldades. Conta que demorou dois dias para achar um apartamento e duas semanas para aprender a se locomover pela cidade, mas com o passar do tempo foi se acostumando com a nova rotina.  A maior dificuldade para o jovem é a mesma citada por Liliane Gotan Timm Della Mea, da Secretaria de Apoio Internacional (SAI) da UFSM, que acompanha a adaptação dos intercambiscas. A UC é pública, mas cobra de seus estudantes cerca de 1 mil euros por ano (aproximadamente 2.500 reais pela atual cotação), além dos gastos com moradia, alimentação e transporte, por exemplo.  Uma outra dificuldade enfrentada, segundo Cassiano,  é a crise mundial que está afetando a Europa e principalmente o país Portugal. Isso acaba atingindo os brasileiros em Coimbra com o reajuste dos preços, devido à variação do Euro. Além, é claro, da saudade que os dois intercambistas enfrentam da família, amigos e do lugar de origem.

Mesmo com todas as dificuldades os estudantes sabem que têm diante de si uma oportunidade única. “Não tem como explicar em palavras o fato de poder vivenciar outra cultura e conhecer pessoas de diversas partes do mundo. Com certeza essa experiência vai me marcar para sempre academicamente e pessoalmente, espero que outros estudantes também sigam esse caminho independentemente do país que lhes seja dada a oportunidade de estudar”, revela André. Para Cassiano, “são novos conhecimentos, novos aprendizados e cultura. É um momento único que tem que ser aproveitado! Já para minha vida profissional é de fundamental valia. É acúmulo de conhecimento na área de Biblioteconomia, além do curso de Arquivo pela UFSM. É uma ampliação dos horizontes profissionais”.

O edital PGIDT, por enquanto, foi único, mas existem várias outras formas de realizar intercâmbio. Além de representar a UFSM, o intercambista tem a oportunidade de conhecer lugares novos e vivenciar experiências inéditas. Os alunos que desejam realizar intercâmbio devem entrar em contato com a SAI. Os editais podem ser acompanhados pelo site https://www.ufsm.br/sai .

Repórter:

Patricia Michelotti – Acadêmica de Jornalismo.

Edição:

Lucas Durr Missau

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