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A ciência das transformações



 

Dia 18 de junho comemorouse o dia do Químico. A ciência escolhida como profissão para essas pessoas é vista como uma das mais complexas, entretanto, não há como negar o papel fundamental que ela exerce em nossas vidas. Fábio Mulazzani da Luz e Rodrigo Razado Leal são dois profissionais que escolheram o caminho da Química, mesmo que por vias diferentes.

Fábio Mulazzani da Luz terminou sua graduação em Engenharia Química no final de 2011. Entretanto, sua paixão pela química orgânica fez com que entrasse no mestrado da área nesse ano. Apesar de não ter escolhido a licenciatura como profissão, ele dá aulas há cinco anos no Pré-Vestibular Popular Alternativa “a experiência como professor não foi algo planejado, foi algo que surgiu. Mas antes mesmo de entrar na graduação, eu dava aulas de espanhol na minha cidade, em Santiago. Vindo pra cá, recebi o convite para dar aula no Alternativa e resolvi encarar o desafio”.

A falta de tempo é o principal obstáculo para o ensino no Pré-Vestibular. “O tempo curto não permite aprofundamentos e também fica difícil explorar a questão da importância da Química e da presença dela no cotidiano. Tento fazer isso, às vezes, com alguns exemplos que se relacionem com o dia a dia dos estudantes, pra facilitar o aprendizado”, explica Fábio.

Além da experiência em sala, Fábio também vivenciou o dia a dia da indústria em seu estágio de graduação. Apesar das diferenças entre as experiências, ele considera que ambas tem algo em comum: “É uma rotina bem diferente, tem que ter metas, estar sempre cumprindo elas. É um desafio bem diferente do de dar aula. Mas um desafio, de qualquer maneira”.

Rodrigo Rozado Leal formou-se em 2005 em Química pela UFSM. Desde 2006, é professor no Colégio Politécnico da UFSM.  Ele ministra aula tanto para os cursos técnicos da instituição que tem essa disciplina em seu currículo, quanto para o ensino médio. Rodrigo não nega as dificuldades que existem em ministrar essa ciência para ambos os públicos:

“O principal desafio em ensinar química em educação profissional para os cursos técnicos são muitas vezes as lacunas com as quais os alunos chegam. Por exemplo, o curso de Agroindústria atrai muitas pessoas de mais idade, produtores rurais, etc, que muitas vezes pararam de estudar há 30, 40 anos. Essas lacunas também se dão pela escola de origem deles, que muitas vezes não tinham um ensino que contemplava tudo o que era necessário para a compreensão da disciplina. Já com o ensino médio, o maior desafio está em motivar os alunos para os assuntos. Fazer aquilo se tornar interessante”.

Para conseguir romper essas barreiras, o professor utiliza diferentes técnicas. Trazer a química para o cotidiano e para a tecnologia é uma delas. Segundo o professor, isso também serve para desmistificar certas coisas, como a errônea noção que os alunos têm de ligar tecnologia apenas a computadores, celulares e outros aparelhos eletrônicos. Fazer-lhes perceber a importância da química no avanço de novas tecnologias é algo que aproxima eles da ciência. “Quando a gente traz esses assuntos para as aulas, é interessante. No dia dos namorados, por exemplo, eu fiz a aula sobre a química do amor para o terceiro ano a fim de explicar alguns tópicos da química orgânica”.

Por ser uma área abrangente, a química tem a sua importância seja no ensino, na pesquisa ou na indústria. “Tem gente que vai para a indústria, que é super importante, e para a pesquisa, que é uma área que está sempre desenvolvendo coisas novas, por trabalhar com uma ciência dinâmica. E tem os profissionais que trabalham com o ensino que, infelizmente, não é tão valorizado quanto deveria ser no país”. Para Rodrigo, o sonho de todo profissional que se forma é trabalhar em um lugar onde ele possa ter condições de fazer um bom trabalho, pois questões como o salário, a carga horária e a estrutura, acabam influenciando na qualidade do ensino.

Apesar das dificuldades encontradas no ensino da ciência, o professor diz se sentir um privilegiado por seu trabalho: “Aqui temos toda a estrutura necessária, com laboratórios, uma carga horária que permite planejar as aulas e tira o máximo proveito delas, dentre outras coisas”.  Rodrigo ressalta a admiração por profissionais que não contam com essas condições e que se esforçam pelo ensino, apesar de entender que a situação ideal seria que todos pudessem contar com elas.

Para o professor, a química ajuda a satisfazer o anseio humano por respostas “é algo do ser humano, sempre existiu a dúvida sobre o porquê das coisas e a química ajuda a sanar essas dúvidas. Dentro da escola, estudar ciências pode nos ajudar em diversas coisas do dia a dia, como entender porque tomamos certo tipo de medicamento, ou porque e como certas coisas acontecem na natureza”. Para Rodrigo, o aprendizado é significativo independente da área, pois tudo o que armazenamos acaba, uma hora ou outra, refletindo em nossas vidas.

Repórter:

Julia do Carmo – Acadêmica de Jornalismo.

Edição:

Lucas Durr Missau.

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