Apenas com algumas modificações, o Planetário ganha novas cores em sua estrutura externa de acordo com o que foi projetado há mais de quarenta anos.
Bastava setembro chegar, e junto dele a estação das flores, para que o Planetário voltasse a ter a companhia dos Ipês que tanto combinavam com sua cor amarela. Assim foi por vinte e seis primaveras, tempo em que o local esteve pintado, nos dez anos iniciais, pela cor amarelo clara, e nos dezesseis seguintes, por um amarelo mais escuro.
Essa tonalidade, entretanto, destoava do projeto original do Planetário, que começou a ser construído em 1968, e foi oficialmente inaugurado em dezembro de 1971. No ano em que completa 41 anos de projeções de planetas, estrelas e constelações, o Planetário da UFSM deixa o amarelo e volta a ter sua cúpula branca conforme planejado inicialmente.
Projetado pelo Arquiteto Oscar Valdetaro, com base em um croqui de seu homônimo e, hoje, centenário, Oscar Niemeyer, o Planetário tinha no papel sua cúpula branca e a marquise cinza escuro. Ao longo desses anos, as cores predominantes na estruturam variaram. A cúpula já passou do branco original ao bege, depois ao azul, e por fim o amarelo.
Conforme o diretor do Planetário, Francisco José Mariano da Rocha, desde 1996 solicitava-se que o local voltasse à cor original. Depois de tanto tempo de espera, o Planetário começou a ganhar as novas cores em abril deste ano. A única alteração foi a escolha da cor ocre (uma variante do marrom), no lugar do cinza escuro, para a pintura da marquise.
“A mudança na cor da marquise foi para adequar a aparência à cor original como se o projeto tivesse sido totalmente do Niemeyer”, esclarece Francisco. Além do branco e do ocre, os ladrilhos, que envolvem entorno da estrutura, agora ganham um amarelo claro e finalizam a mudança.
A pintura do local está praticamente pronta, aguardando apenas a limpeza dos ladrilhos de revestimento. Em pouco mais de quatro meses, o Planetário ganhou cara nova, e está chamando a atenção da comunidade acadêmica. Estranhamentos à parte, os frequentadores do Planetário e da Universidade já podem se deparar com uma estrutura de novas cores vindas do passado.
Repórter:
Natascha Carvalho – Acadêmica de Jornalismo.
Edição:
Lucas Durr Missau.
