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Servidores da UFSM discutem a flexibilização da jornada de trabalho



Na manhã da última segunda-feira (8), servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Santa Maria estiveram reunidos na reitoria para discutir a proposta de flexibilização da jornada de trabalho da categoria. A categoria reuniu servidores oriundos de diversos setores da UFSM para debater questões elementares ligadas ao tema.

Em entrevista, o servidor da UFSM, Eloiz Guimarães explica como teve origem o Fórum que discute a proposta de modelo ideal para a flexibilização da jornada de trabalho dos técnico-administrativos na Universidade.

Fernanda Arispe – Como surgiu a ideia da construção de um Fórum para discutir a flexibilização da jornada de trabalho dos servidores da UFSM?

Eloiz Guimarães – O horário de trabalho corrido escalonado de 30 horas é uma bandeira histórica da categoria dos TAE. Durante o período de greve, os servidores da UFSM sentiram necessidade de organizar melhor tudo o que se soubesse a respeito desse tema. Foi a partir disso que se criou o Fórum da Flexibilização da Jornada de Trabalho. Esse movimento começou pelo Centro de Ciências Rurais. Os servidores do CCR foram os pioneiros dessa discussão dentro da UFSM, juntamente com os servidores do Centro de Ciências Naturais e Exatas, do Centro de Educação e o Centro de Ciências da Saúde.

F. A. – Quais foram os movimentos iniciais do Fórum?

E. G. – Nós começamos a nos reunir todas as quartas-feiras de manhã, desde junho, no CCR. A partir desses encontros, passamos a produzir estudos técnicos sobre a flexibilização da jornada de trabalho, sempre amparados pela legislação. Nós buscamos modelos e exemplos de outras universidades e instituições que adotaram essa jornada a fim de formular um modelo adequado à realidade da UFSM.

F. A. – Você considera que o Fórum evoluiu muito desde os seus primeiros movimentos?

E. G. – Nós conseguimos um avanço, que foi a institucionalização dessa reivindicação, através da proposição de uma comissão que deve formular um modelo de cumprimento da jornada de trabalho escalonada, que foi aceita pelo reitor, em reunião no dia 2 de outubro.

Essa comissão deverá ser paritária: serão cinco membros representando o Fórum e cinco membros representando a administração da UFSM. Além disso, nós solicitamos ao reitor uma relação com as atribuições de cada um desses membros dentro dessa comissão. O reitor então está fazendo uma consulta à Procuradoria Jurídica da Universidade. Nós temos uma reunião marcada com o reitor para o dia 11 de outubro, às 16 horas. Nessa reunião o reitor deve responder se aceita a comissão proposta pelo Fórum.

F. A. – Que momento o Fórum vive atualmente?

E. G. – Nós estamos trabalhando agora em uma campanha interna de mobilização da categoria e na construção de uma campanha externa, que pretende mostrar à comunidade os motivos da proposição dessa forma de cumprimento da jornada de trabalho. O que nós desejamos é que a Universidade permaneça mais tempo aberta à comunidade. Em contrapartida, haveria uma melhora na qualidade de vida no ambiente de trabalho do servidor, além, é claro, no aumento da qualidade do serviço prestado.

F. A. – Como tem sido a participação da categoria nas ações do Fórum até o momento?

E. G. – As reuniões do Fórum têm contado com ampla presença da categoria. Desde a reunião com o reitor no último dia 2, nossos encontros têm sido realizados com o intuito de organizar as subcomissões, que devem debater internamente o modelo de cumprimento da jornada em cada setor ou unidade da Universidade. Decidiu-se que a comissão contará com um integrante de cada centro e um da reitoria, que sou eu. Os centros que não enviaram representantes serão representados pelo conjunto dos dez membros da comissão do Fórum.

F. A. – Quais são as orientações que o Fórum tem passado aos servidores em seus encontros mais recentes?

E. G. – Nas últimas reuniões, nós optamos por incentivar os servidores a debaterem as questões ligadas à flexibilização da jornada de trabalho internamente. Daqui em diante, nossa intenção é descentralizar essas discussões, fazendo com que os integrantes do Fórum visitem as unidades e setores e conversem diretamente com os servidores. Nós devemos fazer levantamentos para verificar a viabilidade da aplicação da flexibilização nesses locais, principalmente, por meio da aplicação de questionários.

F. A. – O Fórum considera que a flexibilização da jornada de trabalho colabora para a melhoria da qualidade de vida nos espaços de trabalho dos servidores da UFSM. Na prática, o que essa qualificação significa?

E. G. – Nós entendemos que em uma jornada de trabalho de seis horas a produtividade do servidor é maior e mais qualificada. Além disso, outra questão que nós pretendemos discutir é o tempo que a Universidade fica aberta à disposição de nossa comunidade. Nós pensamos que com a flexibilização da jornada esse tempo vai aumentar e que a qualidade do serviço prestado também será melhorada.

É importante que observemos a realidade de nossa Universidade. Nós recentemente aderimos ao processo de expansão da UFSM, e sabemos que principalmente os alunos dos cursos noturnos estão com dificuldades para acessar alguns serviços. Nosso projeto busca atender a toda a comunidade de forma igual e otimizada.

É sabido que a questão do registro do ponto engessou muitas outras questões englobadas pela flexibilização da jornada. Mas nós temos muitos aspectos paralelos como, por exemplo, a dificuldade que se tem para se chegar ao trabalho, principalmente, pelas condições do trânsito; os TAE's não dispõem de lugares adequados para realizarem as suas refeições. Assim, o horário do intervalo acaba se tornando um horário cheio, corrido para o servidor, e não mais um tempo destinado ao seu recesso, ao seu descanso. Isso com certeza prejudica a prestação do serviço à comunidade.

F. A. – O Fórum espera que a participação dos servidores na construção desse novo modelo de cumprimento da jornada de trabalho aumente?

E. G. – A participação dos TAE's é muito importante. Nós precisamos saber a opinião dos servidores e por isso é fundamental que nossos colegas participem das reuniões, acompanhem o processo de construção desse novo modelo de cumprimento da jornada de trabalho. Um ponto muito importante dessa discussão é que ela se originou na base de nossa categoria; ela nasceu e se estruturou a partir da base. Isso significa que essa é uma aspiração nossa, construída exclusivamente por nós.

Repórter:

Fernanda Arispe – Acadêmica de Jornalismo.

Fotos:

Ítalo Padilha.

Edição:

Lucas Durr Missau.

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