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Professor do Departamento de Química é eleito pesquisador destaque pela Fapergs



 

O professor do Departamento de Química da Universidade Federal de Santa Maria, Rogério Zeni, recebeu o prêmio Pesquisador Gaúcho, oferecido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul. A cerimônia para entrega da premiação aconteceu no dia 30 de outubro.

Rogério foi considerado pesquisador destaque em sua área de atuação, a química, no estado. Para Rogério, o prêmio foi uma surpresa, bem como a indicação de seu nome para recebê-lo. "Eu tenho acompanhado essa premiação já há um tempo. Eu fiz parte da Fapergs, do seu comitê assessor de Química. Foi uma grata surpresa eu ter sido indicado. Sou muito grato pelas indicações da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, do Programa de Pós-Graduação em Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica Toxicológica. Elas me deixaram muito orgulhoso do trabalho que temos desenvolvido em nosso grupo de pesquisa".

Para Rogério, a premiação pouco tem a ver com sua bem-sucedida trajetória acadêmica. Ele considera que a premiação é um incentivo e uma recompensa pelo trabalho desenvolvido pelo grupo Síntese, Reatividade, Avaliação Toxicológica e Farmacológica de Organocalcogênios, do qual é um dos coordenadores. "Eu sou o representante do grupo, mas na verdade, a Fapergs premiou os alunos do meu grupo de pesquisa, a professora Cristina Nogueira e o professor João Batista Teixeira da Rocha, que são meus grandes colaboradores", diz ele. O professor conta que acredita ser o representante do grupo que foi receber esse prêmio, mas que na verdade ele pertence a todos os envolvidos.

A trajetória

Nascido em Iraí, uma pequena cidade localizada na região norte do estado do Rio Grande do Sul, Rogério relata que sua história com a Química se iniciou, quando ele ainda estava cursando o ensino médio. "Eu me mudei para Cruz Alta para fazer o curso de ensino médio, juntamente com o curso profissionalizante de técnico em química, no colégio Annes Dias e a partir dali comecei a perceber o que queria para minha vida", ele diz.

Segundo Rogério, no ensino médio o estudante recebe uma visão muito geral, muito ampla da química. Foi com o passar do tempo que ele conheceu e se atraiu pela área, especialmente a química orgânica. "Quando eu terminei o ensino médio em Cruz Alta, eu já tinha uma tendência para ser o químico orgânico que eu sou hoje. Eu prestei vestibular na UFSM, passei na primeira tentativa e a partir daí eu desenvolvi meu curso de Química Industrial".

Desde o primeiro semestre do curso de graduação, Rogério esteve associado a um grupo de pesquisa orientado pelo professor Antônio Luiz Braga. Rogério afirma que o professor Braga foi seu mentor científico e que com ele trabalhou do início de sua graduação até o fim do mestrado. Foi no laboratório, com o professor Braga que Rogério conheceu seu maior interesse e habilidade: a química orgânica.

Depois de concluir graduação e mestrado em Química na UFSM, Rogério fez doutorado em Química Orgânica na Universidade de São Paulo. "Concluí o meu doutorado em três de dezembro do ano de 1999 e, no dia 22 de dezembro daquele mesmo ano, eu já estava contratado aqui na UFSM, pelo Departamento de Química", conta.

O lado bonito de fazer pesquisa

Rogério afirma que seu grupo de pesquisa é uma de suas grandes paixões. O convívio com os alunos ultrapassa o academicismo e alcança níveis mais altos de formação. Ele conta que sempre teve muita vontade de trabalhar, que sempre soube o que queria fazer: "Eu queria retribuir a confiança por parte do meu orientador. Eu considero que a gente tem que retribuir as coisas que ganha sempre, no mínimo, em dobro. Eu sempre pensei que se eu tinha a sorte de receber todos aqueles ensinamentos e treinamentos, eu tinha que retribuir de uma forma ainda mais profunda, ainda mais intensa. Penso que é isso que me move, que faz com que eu esteja aqui", conta Rogério.

O professor diz que seu grupo de pesquisa se destaca no cenário estadual por diversos aspectos, mas um deles o deixa muito orgulhoso: a integração. O professor conta que mantém com seus alunos uma relação bastante estreita e que espera, assim, contribuir não somente com a formação acadêmica e profissional de seus alunos, mas também na formação de seu caráter.

Segundo Rogério, seu grupo de pesquisa tem uma preocupação muito grande em transmitir conhecimentos e oportunidades aos alunos. "O nosso grupo de pesquisa atua em duas áreas muito amplas, em duas frentes. Uma delas é a área científica, que envolve a produção: artigos publicados, trabalhos apresentados em congressos, teses, dissertações, patentes. E nossa grande frente, que é a nossa principal preocupação, se refere à formação do indivíduo".

A questão ética é muito importante. O grupo acredita que precisa focar seus esforços em formar indivíduos que sejam capazes de ter uma produção científica independente quando saídos do grupo. "Nós prezamos em formar indivíduos que trabalhem sempre com muita ética. Estimulamos muito a precisão dos dados nos trabalhos desenvolvidos ou publicados".

O professor acredita que o grupo está sendo reconhecido também pela preocupação de dar aos alunos condições de competir com os demais profissionais no mercado de trabalho ou no campo científico. Para isso, é preciso trabalhar com metas e estatísticas; porém alcançar essas metas e melhorar essas estatísticas não são o ponto alto do processo. "Se agirmos assim, estaremos perdendo o lado bonito de fazer pesquisa, que é justamente esse lado de conviver e colaborar com a formação de nossos alunos", finaliza Rogério.

Repórter:

Fernanda Arispe – Acadêmica de Jornalismo

Edição:

Lucas Durr Missau.

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