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Santa Maria recebe o Projeto Chuva Sul



 

Desde a última segunda-feira (5), Santa Maria passou a sediar a nova etapa do Projeto Chuva, que terá seu comando de operações junto ao Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais (CRS) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no campus da Universidade Federal de Santa Maria.

O Projeto Chuva tem como propósito investigar os mecanismos que dão origem às chuvas, a fim de compreender os diferentes regimes de precipitação do país. Ao todo, serão sete campanhas em diferentes regiões do Brasil que possibilitarão uma visão mais detalhada a respeito das especificidades de cada região e de seu regime de precipitação pluviométrica.

As campanhas já passaram pela região de Alcântara, no Maranhão; Fortaleza, no Ceará; Belém, no Pará; e em São José dos Campos, no estado de São Paulo. Depois da experiência em Santa Maria, que acontecerá entre os meses de novembro e dezembro, os equipamentos seguirão viagem para Manaus, no Amazonas e, posteriormente, encerrarão o ciclo em Brasília, no Distrito Federal.

Em nível nacional, o Projeto é liderado pelo pesquisador Luís Augusto Toledo Machado, do INPE de São José dos Campos. Já em nível local, a nova campanha, nomeada Projeto Chuva Sul, é coordenada pelo professor Ernani Nascimento. Além dos professores e alunos do curso de Meteorologia da UFSM, o projeto contará com a participação da Universidade Federal de Pelotas, da Universidade de Buenos Aires, e com a presença de pesquisadores dos Estados Unidos e da França.

De acordo com o coordenador do Projeto Chuva Sul, a cidade de Santa Maria foi eleita para sediar o Projeto principalmente por aglutinar dois fatores: a existência de um curso de Meteorologia e a própria sede do INPE. “O fato de existir um curso de Meteorologia aqui foi muito importante na escolha da cidade, porque a participação dos estudantes em qualquer experimento de campo em meteorologia é fundamental, tanto para que eles ganhem conhecimento prático, como também para contarmos com o apoio em atividades que envolvem a utilização de diversos instrumentos”.

E o fato de o Centro Regional Sul do INPE já estar instalado em Santa Maria pesou ainda mais a favor da cidade. “Esse foi outro fator que colaborou já que o Projeto Chuva é coordenado nacionalmente por um pesquisador do INPE de São José dos Campos, então já havia essa comunicação facilitada. O INPE daqui funciona como um braço do INPE no sul do Brasil”, explica o professor Ernani.

A maior parte dos equipamentos necessários para as medições já estão em funcionamento ou em fase final de instalação. Dentre eles, um radar meteorológico, transferido para Santa Maria e instalado há alguns dias no município de Silveira Martins. O radar é uma ferramenta que permite monitorar em tempo real o desenvolvimento de nuvens, bem como o seu deslocamento e a sua intensidade – se pode produzir granizo, vendavais ou tempestades mais intensas. Por seu posicionamento estratégico, no centro do estado, esse instrumento proporciona uma boa cobertura na região, em um raio de cerca de 100 a 120 km do radar.

Através do monitoramento desses equipamentos será possível acompanhar em tempo real pelo site ocorrências de fenômenos de chuva na região, além da indicação de intensidade – por meio de uma escala de cores: se a chuva é fraca, moderada ou forte –, descargas elétricas, previsão imediata, imagens de satélites e quantidade de chuva por município.

As expectativas em relação ao Projeto são altas, conforme expõe o professor Ernani: “Estamos em uma campanha intensiva de observação, porque ansiamos, durante esse um mês e meio, que todos os fenômenos de formação de nuvem causando chuva na região sejam muito bem documentados”.

Ao final do período, os dados coletados vão dar origem a diversos artigos científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado, envolvendo os pesquisadores e os alunos, o que proporcionará uma compreensão maior a respeito de como acontece a formação das precipitações. Essas informações poderão, enfim, colaborar para aperfeiçoar os mecanismos de previsões meteorológicas.

Além do caráter científico, o coordenador do Projeto Chuva Sul destaca a função social do Projeto, uma vez que, por existir um monitoramento em tempo real através do site, todas as informações e dados, principalmente do radar meteorológico, vão estar disponíveis ao público. “Essa função social fica clara nessa disponibilização dos dados no site, uma vez que, por exemplo, os serviços de defesa civil poderão acompanhar em tempo real a aproximação de uma tempestade intensa e tomar providências para minimizar as consequências. Então também existe essa preocupação de desenvolver um produto que é de utilização para o público em geral e não somente para o especialista”, finaliza. 

Repórter:

Camila M. Cargnelutti – Acadêmica de Jornalismo.

Editor:

Lucas Durr Missau.

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