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Um pouco de Argentina no Brasil



 

São quase 1,5 mil quilômetros separando Córdoba, na Argentina, de Santa Maria. Todo semestre, através de convênio com a Associação de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM), diversos acadêmicos da UFSM vão para países da América do Sul realizar intercâmbio. Muitos são, também, os que vêm de países vizinhos para a nossa Universidade.

Estudante de Comunicação Social, na Universidade Nacional de Córdoba (UNC), Maria Julieta Poncio, 21 anos, atravessou os quase mil e quinhentos quilômetros até Santa Maria em julho deste ano para se aventurar na atividade do intercâmbio. Em entrevista, ela diz por que escolheu vir pra o Brasil e conta como está sendo a estadia por aqui.

Natascha Carvalho – Como surgiu a oportunidade de fazer o intercâmbio?

Maria Julieta Poncio – A ideia do intercâmbio sempre esteve em meus planos quando comecei a graduação. A oportunidade na verdade surgiu da minha própria curiosidade. Eu pesquisei no site da UNC sobre quais eram os possíveis lugares de se fazer o intercâmbio. Dentre as Universidades disponíveis, estava a UFSM, a qual eu acabei escolhendo.

N. C. – A AUGM oferece intercâmbio para diversos países além do Brasil, como Bolívia, Chile e Paraguai. Por que você optou por vir para cá?

Julieta – O interesse que eu tenho pelo Brasil começou ainda quando eu era criança. Foi um tio meu, que também adora o Brasil, quem me apresentou a música brasileira, o samba. E eu adorei! E aí foi surgindo o interesse principalmente pela música, comecei a ouvir vários artistas como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Chico Buarque, algo de Bebel Gilberto.

N. C. – Como está sendo a experiência de morar em Santa Maria?

Julieta – Quando vim pra cá em julho deste ano, não sabia que a UFSM passava por um período de greve, o que deixou a mim, e a outros intercambistas extremamente preocupados em perder o semestre. Cheguei até a voltar à Argentina, mas com o fim da greve, em outubro, acabei voltando. Apesar disso, a experiência está sendo ótima! Moro com mais duas meninas argentinas, e em nosso prédio têm vários intercambistas de outros países. A gente sai para dançar e conhecemos muita gente legal. Cada um com seus colegas aqui da UFSM, a gente é praticamente uma família!

N. C. – Você encontra dificuldade em algum aspecto por estar morando e estudando fora de seu país?

Julieta – O que poderia dificultar é a língua, as diferenças entre o espanhol e o português. Mas eu fiz dois anos de aulas de português antes de vir pra cá, então tem sido bem tranquilo.

N. C. – O que você mais tem apreciado em nossa cultura?

Julieta – Em Santa Maria, em especial, gosto muito da forma receptiva com que as pessoas nos tratam, sempre dispostas a ajudar. Já os costumes, eles são bem parecidos com os argentinos. O chimarrão, o churrasco, que na Argentina se chama “asado”, tudo isso tem lá. Uma coisa que eu estranhei, foi a lei do silêncio, lá não tem isso e aqui é muito respeitada. A gente enfrentou alguns problemas com os vizinhos por isso. Alguns dos meninos levavam seus instrumentos musicais, e a gente ficava tocando músicas de nossos países, o que rendeu algumas reclamações em nosso apartamento.

N. C. – Em quais aspectos a UFSM se assemelha com a sua universidade, a UNC?

Julieta – Em relação ao tamanho físico, é bem parecido. Mas lá não tem jardim botânico, nem planetário, e o hospital universitário não fica no campus. Mas elas são muito diferentes na quantidade de alunos. Lá são cerca de 100 mil estudantes, a UNC é a primeira universidade da Argentina. Lá se faz um exame para ingressar na Universidade, mas ele não é eliminatório. As turmas chegam ter 200 alunos cada. Em Córdoba, os cursos de Comunicação Social estão todos juntos, e não separados por habilitação como aqui.

N. C. – Que resultados você pretende obter ao fim do intercâmbio?

Julieta – Espero poder levar boas lembranças, e não só quanto à forma de estudar em sala de aula que é bem diferente de Córdoba. Além disso, é um presente poder estar em outro país, convivendo com uma cultura diferente e aprendendo um novo idioma.

Repórter:

Natascha Carvalho – Acadêmica de Jornalismo.

Edição:

Lucas Durr Missau.

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