O vestibular da UFSM 2012, como em outros anos, conta com provas específicas para candidatos com necessidades especiais da Ação Afirmativa B. Essa ação reserva vagas aos cursos de graduação no vestibular para alunos com necessidades especiais – principalmente cegos, surdos e deficientes físicos. De acordo com a Resolução 011/07 da Universidade, são destinadas 5% das vagas de cada curso de graduação a essa cota e o candidato deve estar de acordo com o Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que trata da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.
Neste ano, cerca de 48 portadores de necessidades especiais estão realizando as provas no Centro de Educação (CE) da UFSM. São oferecidas salas de fácil acesso para portadores de deficiência física e com dificuldade de locomoção; provas em braile e ledores para cegos; provas ampliadas com fonte com tamanho até 24 para amblíopes; intérprete de língua brasileira de sinais e provas em libras para surdos; auxílio na transcrição da parte objetiva da prova para candidatos incapazes de marcar a folha-resposta; e disponibilização de microcomputador para a redação. Depois de classificado, o aluno confirma a matrícula e mostra o atestado que comprova a deficiência alegada.
A coordenadora das salas especiais, Thais Scott do Canto Dorow, se sensibiliza com a situação desses candidatos. “Eu me sensibilizo com todo esse setor, como em todos os outros, porque todos são iguais, mas realmente, a maior parte dos candidatos que aqui estão apresentam dificuldades. E, por lei, eles têm amparo de ter um tempo maior para realizar a prova” explica. A prova para estes candidatos tem término às 19h 20min, ou seja, eles têm uma hora a mais para fazer a prova.
Quanto à questão da acessibilidade no campus, Thais ressalta que a Universidade está se preocupando muito, porque, o número de candidatos têm aumentado a cada ano, em diferentes cursos. “Não é um trabalho fácil, porque todos devem se adaptar, não só o aluno, mas os professores e colegas também. Eu acho que realmente há um movimento grande nesse sentido. Nós temos aqui na UFSM o Núcleo de Acessibilidade, que representa esses alunos”.
O Núcleo de Acessibilidade, coordenado pela professora de Educação Especial, Nara Joyce Viera, trabalha com a permanência dos alunos, dando condições de enfrentar todas as barreiras na Universidade.
Fotos: Tainan Pauli Tomazetti.
Repórter: Andréa Ortis – Acadêmica de Jornalismo.
Edição: Luciane Treulieb.

