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Vestibular 2012 – Transportando sonhos



 

Todo ano milhares de pessoas vêm a Santa Maria para prestar o vestibular da UFSM. Alguns deles, por motivo de segurança, preço e/ou comodidade optam por virem através de excursões. Muito além do simples transporte, a relação estabelecida entre vestibulandos e motoristas durante as viagens é de cumplicidade. Ambos sabem o quanto isso significa nessa árdua jornada em busca de uma vaga na federal.

Luiz Teixeira Borges, Márcio Garcia Brites, Aneci Becker da Luz Júnior e Jacson Ilvo Berger são motoristas de cidades e empresas diferentes. Entretanto, todo o vestibular se encontram ao trazerem estudantes para a UFSM. Com isso, acabaram tornando-se amigos e juntos, sentados no bagageiro de um dos ônibus, esperam os vestibulandos saírem das provas. As excursões que comandam saem de São Sepé, São Pedro, Formigueiro e Agudo, respectivamente, por volta de três horas antes das provas sempre com o intuito de prevenir imprevistos.

A responsabilidade em transportar os estudantes para algo tão importante acaba deixando-os apreensivos: “No primeiro dia, o mais nervoso é pela responsabilidade que temos. Imagina se atrasa e 50 pessoas perdem a prova. Não pode atrasar. Essa palavra não existe.” – afirma Luiz. Às vezes, são montadas estratégias para que os alunos não corram o risco de perder a prova. A empresa na qual Márcio trabalha contrata táxis para levarem os candidatos até o centro, mas mesmo assim ele afirma não dormir um dia antes da prova.

Cada um traz em média 50 passageiros para o concurso. Vindo de cidades pequenas, eles conhecem a maioria deles e acabam compartilhando de suas dúvidas e angústias. Carregar familiares também é algo comum. Aneci trouxe há alguns anos sua sobrinha “fiquei esperando e torcendo por ela” – afirma.

As mudanças feitas na edição deste ano do vestibular, principalmente, as referentes ao horário e dia da semana foram consideradas benéficas por eles devido à questão do trânsito. A distribuição dos colégios no centro, onde os estudantes farão as provas também foi elogiada, por serem de fácil acesso. A única reclamação foi quanto ao horário da redação, 16 horas, considerado muito tarde.

A viagem de suas cidades de origem até Santa Maria transcorre calmamente. A maioria dos candidatos vêm revisando conteúdos ou conversando. Neste último dia, muitos vieram dormindo devido ao horário da prova. A volta é mais animada. Eles vão comparando provas, fazendo seus próprios gabaritos e contando aos outros como foram.

Muitas vezes, os motoristas também fazem o papel de conselheiros, estimulando os alunos que porventura pensam em desistir por alguma razão. Este ano eles perceberam que a desistência dos candidatos foi pequena, se comparada com anos anteriores.

E é entre histórias de viagens que eles ficam aguardando a volta de seus passageiros. Passageiros que acabam se tornando muitas vezes, como afirma Aneci, uma família.  O orgulho de vê-los passados no vestibular é grande, assim como de vê-los formados, como finaliza Jacson “tem uns alunos lá de Agudo que eu transportei desde o primário e agora são médicos. Isso é um orgulho pra mim. Querendo ou não a gente faz parte da vida deles”.

Fotos e texto: Julia do Carmo – Acadêmica de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

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