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Estudantes, professores e TAEs dos campi avançados da UFSM encaminham demandas ao reitor



 

O acesso à internet, ou melhor, a precariedade dele, ainda é um dos mais graves obstáculos a serem superados pelo Centro de Educação Superior Norte da Universidade Federal de Santa Maria (Cesnors/UFSM), seis anos após o início das atividades nos campi avançados de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões. A reclamação foi unânime nas reuniões de trabalho do reitor Felipe Müller com técnicos-administrativos, coordenadores de cursos, chefes de departamentos e estudantes realizadas na terça e quarta-feira desta semana (22 e 23).

O reitor manifestou preocupação em relação ao tema, e lamentou a falta interesse da Oi, empresa vencedora da licitação para prestar o serviço, em fazer investimentos que resolvam o problema.

— A empresa já foi notificada, já foi multada. Agora só nos resta rescindir o contrato, mas isso extinguiria completamente o serviço de internet e não parece ser uma opção — falou Müller.

Como medida paliativa, um provedor local de internet via rádio que oferece conexão ao Colégio Agrícola de Frederico Westphalen (CAFW) deverá ter o contrato ampliado para prestar o serviço também ao Cesnors, e em Palmeira das Missões será feito um levantamento das empresas locais de internet para ver se alguma delas se enquadra nos requisitos necessários para que seja feito um contrato de emergência.

— Como o professor Felipe disse e foi muito claro, nós dependemos de licitações e de todo o trâmite burocrático-administrativo que é característico do serviço público, então tem coisas que não vão acontecer de uma hora para outra, mas tem alguns encaminhamentos que eu acredito que serão efetivados de forma rápida — comentou o secretário do Cesnors, Cleomar Fabrizio.

Nas reuniões, ficou acertado também que o arquiteto designado para projetar a expansão dos campi das duas cidades deverá apresentar as prévias do plano diretor e discutir os projetos com a comunidade acadêmica. Além disso, projetos de construção de dois novos prédios de salas de aula que já têm verba garantida terão de ser adequados ao orçamento previsto para saírem do papel, um em cada um dos campi do Cesnors. O mesmo deve ocorrer com o projeto de construção de uma passarela de acesso do Cesnors de Frederico Westphalen até o RU, localizado junto ao Colégio Agrícola, inicialmente orçado em R$ 700 mil.

— Precisamos buscar uma solução mais “espartana”, que resolva o problema sem abusar do dinheiro público — disse o reitor, referindo-se ao valor considerado excessivo.

Ainda na parte de infraestrutura, o reitor autorizou a construção de um quiosque para servir de área de convivência no campus de Frederico Westphalen, no valor de aproximadamente R$ 90 mil, atendendo ao pedido dos técnicos-administrativos lotados na unidade.

Felipe Müller adotou um tom conciliador e propôs a criação de uma espécie de zeladoria que seria o elo administrativo para mediar conflitos e servir de interlocutor entre o Colégio Agrícola e o Cesnors em Frederico Westphalen, que possuem estruturas compartilhadas como salas de aula, laboratórios e áreas de experimentação. Para o Restaurante Universitário do campus frederiquense, que também serve às duas unidades, foi sugerida a unificação da gestão e sua vinculação direta à reitoria para otimizar o fluxo de recursos.

Questões referentes a transporte urbano, vias de acesso aos campi e serviços de saúde aos estudantes relatadas nas reuniões de trabalho foram encaminhadas pelo reitor aos prefeitos de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões, a fim de que a Universidade busque soluções em conjunto com as administrações dos municípios.

— A questão do transporte, desde que se iniciou o campus aqui que a gente têm essa luta. Tem várias coisas que faltaram encaminhar e que a gente espera um retorno também da parte da reitoria, como estar cobrando junto ao poder público municipal para que se inicie um debate sobre o transporte coletivo — disse o estudante de Engenharia Florestal e representante do DCE, Marcos Lazaretti.

Com relação ao atendimento de saúde, a direção do Centro comprometeu-se a reorganizar o setor psicossocial para garantir assistência em tempo integral para os alunos que moram nas casas de estudantes.

Na parte de recursos humanos, o reitor Felipe Müller solicitou aos técnicos-administrativos dos campi avançados a realização de um levantamento de interessados e a proposição de um tema de estudo com aplicabilidade no Centro para tentar viabilizar uma turma de mestrado profissional em administração que atenda a demanda interna dos servidores da UFSM lotados nas duas cidades e que têm dificuldades de cursar uma pós-graduação devido à necessidade de frequentes deslocamentos.

— É de total interesse da UFSM capacitar os técnicos-administrativos para proporcionar melhoria de salários, maior auto-estima e melhoria dos processos dentro da Universidade — disse o reitor.

A medida seria uma forma de incentivar os servidores a permanecerem nos campi avançados, questão que também foi levantada pelos técnicos-administrativos.

O reitor ainda conversou com os estudantes sobre bolsas de permanência e moradias, e colocou a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis à disposição dos alunos. Aos docentes, que solicitaram novas vagas para professores efetivos, o reitor informou que todas as disponíveis já foram liberadas para abertura de edital, e autorizou a contratação extra de dois professores substitutos em Palmeira das Missões para suprir a demanda de professoras que foram redistribuídas.

— O sentimento é de que as coisas vão sendo resolvidas — disse o vice-chefe do departamento de Ciências da Comunicação do Cesnors, Marcelo Freire, após a reunião de trabalho com o reitor. — Mesmo tendo demandas urgentes, foram apontados alguns caminhos que vão resolver isso para o semestre que vem, que é a nossa principal necessidade, que os alunos tenham sala de aula pra ter aula, que o Centro funcione de forma geral — complementou.

— Nós fomos ouvidos e isso é bom. Agora, aquilo que é possível, eu acredito que a reitoria vá resolver. E aquelas outras questões que demandam um pouco mais de tempo, questões mais burocráticas, aí tem que apresentar os estudos como o professor Felipe solicitou, mas acredito que tudo pode se resolver — comentou o assistente em administração do campus de Palmeira das Missões, Nelson Girardi Neto.

Para tratar de problemas pontuais no futuro, o reitor disse que vai pedir a presença mais frequente da Ouvidoria da Universidade nos campi avançados, mas lembrou que questões relativas a falhas nos serviços da UFSM podem e devem ser relatadas formalmente inclusive pela internet, e que esse registro é importante para o encaminhamento de soluções.

As reuniões de trabalho do reitor em Frederico Westphalen e Palmeira das Missões fazem parte da rotina semestral estipulada pela atual administração da UFSM e foram acompanhadas pela pró-reitora substituta de Planejamento, Lúcia Madruga, pela pró-reitora adjunta de Assuntos Estudantis, Marian Moro, pela chefe de gabinete Maria Alcione Munhoz e pelo diretor e vice-diretor do Cesnors Genesio Mario da Rosa e Rafael Lazzari, respectivamente.


Reportagem: Bianca Ribeiro

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