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Chapa 2 – Seja Mais UFSM



A chapa 2 é formada pelo atual reitor, Felipe Martins Müller, e por seu vice, Dalvan José Reinert. O slogan da campanha é “Seja mais UFSM”.  Em entrevista, Felipe Muller falou dos projetos que foram implantados na universidade durante sua gestão e as obras que estão em andamento nos campi da UFSM. Também fez uma auto avaliação da gestão e contou o que espera para os próximos anos, caso seja eleito.

Jonas Migotto – Caso eleito, quais são as prioridades da gestão que virá?

Felipe Müller – Estamos trabalhando para consolidar todo esse processo do Reuni, ou seja, nós temos uma expansão bastante grande da Universidade. É um processo necessário, desde o Plano Nacional de Educação 2001/2010 estavam previstos 30% dos estudantes nas idades entre 18 e 24 anos dentro das Universidades, mas mesmo com essa duplicação de tamanho das Federais nós não conseguimos atingir 15%, então, é uma oportunidade que o Brasil precisa usufruir. Até 2055, nós vamos estar com o que chamamos de "bolha demográfica", isto é, um período de tempo em que a população de jovens e adultos extrapola, em número, a população de crianças, adolescentes e idosos. Então, é importante pegar esse período em que a população ativa é maior que a inativa, para que o país cresça, desenvolva-se e consiga gerar riquezas suficientes para que quando essa relação se inverter, possa dar tranquilidade para a população idosa e para a população que venha repor essa situação. Então, nós temos essa obrigação de continuar expandindo, garantindo recursos humanos, recursos financeiros e qualidade.

Precisamos também qualificar esse processo de expansão que ainda possui algumas coisas para finalizar, como obras que estão sendo finalizadas, equipamentos que ainda devem ser adquiridos e, ainda dentro dessa qualificação, temos a unificação do campus, ou seja, todos os cursos que estão em Santa Maria na UFSM vão estar no campus. Finalizado o Centro de Ciências Sociais e Humanas, os cursos se concentrarão ali, virão do centro para o campus. E, finalizado o prédio da Odontologia, o curso também vai para o campus. O prédio da Antiga Reitoria irá virar um prédio de ações comunitárias para atender os projetos sociais que nós temos.

Nos campi fora da sede, nós estamos qualificando a assistência estudantil. Eles terão mais uma casa do estudante em cada um dos campi, então, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões ficam com dois blocos de casa do estudante cada. Em Silveira Martins, será construída a casa do estudante e o refeitório e também toda a conclusão do complexo de obras para suprir a unidade.

Também temos a situação de buscar um novo refeitório aqui no campus para minimizar as filas. Isso é uma coisa que a cada quatro anos nós temos que trabalhar. Em 2009, quando assumimos a reitoria, nós tínhamos em torno de 2.500 refeições por dia, fizemos um refeitório perto do Centro de Educação e, hoje, estamos servindo 7.500 refeições por dia. Já iniciou a construção de uma nova cozinha do Restaurante Universitário que terá uma capacidade de 15 mil refeições por dia e nós colocaremos um novo refeitório perto do complexo do CCSH, ainda não está definido o local, mas ficará nessa área.

Também temos a situação de melhorar o sistema de transporte interno aqui dentro do Campus. As bibliotecas terão um bicicletário, as pessoas com o cartão da biblioteca poderão retirar uma bicicleta e circular dentro do Campus e entregar a bicicleta em outra biblioteca, se for o caso. Será um bem móvel dentro da Universidade. E também estamos trabalhando junto ao Governo Federal para fazer com que esses acessos que nós abrimos sejam asfaltados e que tenham uma circulação maior interna e externa. No problema de transporte coletivo da cidade, estamos trabalhando na duplicação da Faixa Nova com linhas expressas para ônibus e com a ciclovia. Nós temos todos esses processos que podemos chamar de grandes linhas de ação, no sentido de qualificar ainda mais a Universidade.

Nós também temos essa qualificação dos recursos humanos, como titulação dos servidores técnico-administrativos em educação e melhoria das condições de trabalho. Também ações no sentido de qualificar os cursos já existentes e ações de consolidar os cursos que foram criados através do Reuni.

J. M. – Quais são os projetos para atender as necessidades dos técnicos, professores e alunos de graduação e de pós-graduação?

Felipe Müller – Com os técnico-administrativos em educação, nós tivemos uma situação de controle de frequência que já foi bem divulgado pela Coordenadoria de Comunicação: uma sentença judicial que tivemos que cumprir. Agora fizemos todo um processo de resolução que trata da flexibilização da carga horária e, hoje, tudo isso está regulamentado e aqueles que decidirem buscar esse benefício vão poder fazê-lo dentro dessa resolução que estabelece as regras e os critérios mínimos para solicitar isso. Também estamos trabalhando na situação de preparação para aposentadoria, um programa da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas, Coordenadoria de Qualidade de Vida, no sentido de preparar nossos servidores para o momento que ele se aposentar. Hoje, já temos 600 servidores em abono de permanência, que já estão com o tempo de aposentadoria e ainda não saíram da Universidade.

Também tem a questão de titulação desses servidores, nós temos um plano de capacitação na carreira, inclusive com mestrados profissionais na área de Gestão de Organizações Públicas com uma turma iniciando agora no segundo semestre em Palmeira das Missões e Frederico Westphalen. Também estamos trabalhando no sentido de liberar esses servidores, quando eles têm a necessidade de titularem, isso é um padrão dentro da nossa gestão. E também as questões da criação de um espaço de vivência e convivência dentro do campus, que estamos trabalhando junto com a ASSUFSM, proporcionando outro local para que todos os servidores possam usufruir. Além de todas as obras dentro do Campus que acabam favorecendo todos os servidores, estudantes e professores.

Quanto aos professores, nós estamos sempre qualificando as demandas e buscando a integração destes professores em programas de ensino, pesquisa e extensão, via incubadora de projetos sociais em que poderá se transferir mais rapidamente tecnologias para a sociedade, e também o Polo de Inovações Tecnológicas.

Na situação de novos programas de pós-graduação, nós crescemos em torno de 50%, passamos de 11 doutorados para 25, e de 24 mestrados para 48. Todos eles subindo também em qualificação. O número de doutores formados está melhorando, então, tudo isso faz com que necessitemos qualificar ainda mais os laboratórios, as estruturas de ensino, as estruturas de pesquisa e tudo isso está sendo vinculado com a Comissão Permanente de Avaliação e uma série de distribuições de recursos via projetos. Então, os professores têm hoje vários projetos em nível de graduação e pós-graduação com financiamentos internos para melhoria. Também estamos trabalhando forte com a questão das licenciaturas, que são os cursos de formação de professores, para qualificar também a nossa educação fundamental e média, nosso ensino básico. Então, há todo um processo de melhorias na situação dos professores.

Os alunos, como já falei, têm as questões de trânsito interno no campus, melhoria das bibliotecas, a Biblioteca Central será inaugurada dobrando o tamanho do acervo, e a biblioteca do CCSH também vem para o campus. Tem também toda a situação de bicicletas dentro do Campus e ciclovias. Também a situação de área de lazer, vivência, a convivência para os estudantes é muito importante. Está prevista a construção de uma concha acústica perto da área do Restaurante Universitário. Temos a ideia de qualificar a União Universitária, como, por exemplo, a transferência dos atendimentos odontológicos que o local possui para outra casinha da PRAE, para que além do atendimento odontológico, todo o atendimento psicossocial possa ser feito de uma forma mais reservada, como precisam ser feitos esses atendimentos.

Há todo um processo de qualificação da nossa instituição para os estudantes. Também tem as questões de todas as ações afirmativas que nós temos dentro da Universidade, as questões de acessibilidade que estamos trabalhando, porque a Universidade é uma universidade inclusiva. Nós temos cotas para pessoas com deficiência, então temos que tratar bem os surdos, os cegos, os cadeirantes. Está sendo feito todo um trabalho para isso. A cada um que chega, temos, às vezes, situações diferenciadas. Neste ano, por exemplo, temos uma menina com dificuldade de locomoção, ela demora de 10 a 12 passos nossos para dar um, é uma menina que precisa de uma assistência para ser transportada de um lugar para outro dentro da Universidade. Se nós queremos ser uma universidade diferenciada, devemos tratar de todas essas situações. Também temos as questões de sustentabilidade, estamos transformando, gradativamente, processos que antes circulavam em papel, em processos eletrônicos, assinaturas digitais e certificação digital de documentos. Todos esses processos vão deixando o campus mais sustentável dentro de uma dinâmica de sustentabilidade do nosso mundo.

J. M. – Que autoavaliação você faz da atual gestão?

Felipe Müller – Nós temos uma gestão que realizou muito. Se nós pegarmos os últimos cinco anos, eu posso extrapolar um pouquinho o tempo de mandato porque fui vice-reitor, nós temos um período em que a Universidade cresceu no seu número de metros quadrados de área construída, cresceu 33%, cresceu um terço, saiu de 300 mil metros quadrados de área construída para quase 400 mil metros quadrados de área construída. Isso também é importante. Mas a Universidade se qualificou, ela permitiu que mais estudantes pudessem ter acesso ao ensino superior público gratuito e com qualidade. Nós saímos de 16 mil alunos para 28 mil alunos, ou seja, mais de 12 mil pessoas conseguiram ingressar no ensino superior, conseguiram se qualificar e isso, para mim, é uma coisa excepcional. Claro, se você realiza, você recebe muito mais críticas. Se você fez muito, você tem proporcionalmente mais críticas. Mas eu digo assim: prefiro ser criticado por ter feito, do que por ter me omitido de fazer. Então, nós temos uma gestão que realizou muito, que tem muitas coisas para mostrar e que ainda tem muito mais coisas para fazer.

Por nós termos feito muito, acabamos abrindo flancos para vários outros projetos. A auto-avaliação que nós temos é que foi uma gestão que se preocupou em planejar o crescimento de infraestrutura, recursos humanos e recursos financeiros e agora tem que consolidar isso através da participação de todos. E volto a dizer que nenhuma dessas realizações que nós fizemos e que buscamos fazer, nós faríamos se não houvesse a compreensão de todos os setores da Universidade da importância que tinha esse crescimento para o nosso país. Isso é uma coisa que a gente tem o reconhecimento de toda a comunidade universitária, eles acreditaram nesse projeto e, hoje, a Universidade é, em certo ponto, um modelo dentro da expansão nacional.

Se nós olharmos, temos problemas pontuais, mas todos os professores que foram pactuados estão contratados, todos os técnicos que foram pactuados estão contratados, os equipamentos que foram solicitados foram comprados. Hoje, nós temos coisas para fazer a mais, tem várias coisas que temos que consolidar e qualificar. Mas a gestão, no meu ponto de vista, tem muito mais coisas boas e muito mais realizações para mostrar do que problemas. Eu tenho um balanço bem positivo da gestão, da integração de todas as pró-reitorias, das transformações de algumas pró-reitorias, como foi a Prefeitura em Pró-reitoria de Infraestrutura, a Pró-reitoria de Recursos Humanos em Pró-reitoria de Gestão de Pessoas, e a qualificação desses espaços. Todas essas coisas que nós realizamos são muito importantes e isso fez com que a Universidade funcionasse de uma maneira mais tranquila e as pessoas tivessem o atendimento da maneira como elas queriam, não de uma forma centralizada no reitor, mas em toda uma equipe de trabalho que nós montamos.

J. M. – Caso vença as eleições, o que espera para os próximos quatro anos de mandato?

Felipe Müller – Venceremos! O que nós esperamos é, exatamente, essa fortaleza que a Universidade se tornou.  Nós precisamos de uma série de outras coisas, nós temos que trabalhar no sentido de qualificar cada vez mais os nossos servidores, tanto docentes como técnico-administrativos, oferecendo cursos de capacitação, buscando bolsas, buscando a internacionalização da universidade em todos os espaços, trabalhando no sentido de criar interações maiores com a comunidade, não só com o setor produtivo, mas também com os movimentos sociais, através da Incubadora de Projetos Sociais. Hoje, somos a primeira universidade que tem na sua usina de leite, uma cooperativa produzindo leite e derivados, aqui na Universidade, é um diferencial.

E também a nossa missão principal é formar bem nossos estudantes, isso é uma preocupação constante em ter qualidade na nossa estrutura toda para que nossos estudantes possam sair da Universidade com capacidade de interagir no mundo do trabalho e, principalmente, que nós possamos, qualificando mais, minimizar as situações problema, como a baixa procura por algum curso, como acontece nas licenciaturas das áreas duras e como a evasão que acontece em alguns cursos porque as pessoas não conhecem a dinâmica dos cursos. Isso tudo tem sido resolvido através da PROFITECS, que começa a mostrar mais a Universidade, começa a interagir com os estudantes desde o ensino médio.

Nós somos uma Universidade jovem perante o mundo, mas que temos uma vontade muito grande de se qualificar e estar entre as melhores não só do país, mas da América Latina e do mundo e acho que temos força para isso. Somos a primeira Universidade fora do eixo das capitais, temos essa obrigação de interiorizar o ensino superior público e gratuito e temos essa vontade de fazer mais, então nós queremos mais para a Universidade e convidamos todos a serem mais UFSM, votando chapa 2, no dia 3 de julho!

Foto: Hellen Barbiero – Acadêmica de Jornalismo.

Repórter: Jonas Migotto – Acadêmico de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

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