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UFSM recebe a visita de professor da Universidade de Berlim



Durante as próximas seis semanas, a UFSM recebe a visita de um dos primeiros pesquisadores alemães que recebeu uma bolsa de Pesquisador Visitante Especial no Brasil via o programa Ciência sem Fronteiras. Ulrich Abram é professor do instituto de Química e Bioquímica da Universidade de Berlim e possui contatos com o Programa de Pós-graduação do Departamento de Química da UFSM, através de projetos de pesquisa.

Ulrich Abram graduou-se em química, no ano de 1982, na Universidade de Leipizig, na região leste da Alemanha Comunista na época. Concluiu seu doutorado em Química pela mesma Universidade. Logo após, começou a trabalhar em pesquisa de energia nuclear no Instituto de Pesquisas Nucleares Rossendorf, onde também foi colaborador científico entre os anos de 1997 e 1999.

Abram conta que após a unificação da Alemanha, ele se mudou para a Universidade de Tubingen, onde trabalhou durante cinco anos e assim conseguiu começar uma carreira acadêmica, “na parte comunista não era muito fácil construir uma carreira, quando você não era conformista com o sistema. Mas depois da unificação tudo ficou mais fácil”, ressalta o professor. No ano de 2000, Abram mudou-se para a Universidade de Berlim, onde iniciou ministrando aulas de Química Inorgânica e Radioativa. O professor conta que continua em Berlim até hoje, e atua também na área de pesquisa da universidade. Sobre o interesse pela pesquisa acadêmica, comenta: “Quando você vai para a academia, você quer encontrar campos interessantes de pesquisa e, na maioria das vezes, quer encontrar campos que sejam úteis para a pesquisa, então eu achei interessante a pesquisa em telúrio, que é mais direcionada para os materiais inorgânicos. Basicamente, procuro componentes que possam servir de bom uso para alguma coisa, que possam ter alguma utilidade para a sociedade”.

O professor Abram conta que sua relação com a UFSM começou há 15 anos, quando ele conheceu o professor do Departamento de Química, Ernesto Schultz, na Universidade de Tubingen. Na época, foram colegas no laboratório de Química Inorgânica da universidade, e a partir daí começaram a elaborar juntos, trabalhos científicos e projetos de pesquisa. Até o momento, os dois professores coordenam dois projetos pela CAPES, que envolvem o intercâmbio de estudantes de pós-graduação entre Brasil e Alemanha, mais especificamente entre a UFSM e a Universidade de Berlim. Os projetos têm como principais temas, a química supramolecular de compostos, contendo os elementos selênio e telúrio. Abram ressalta que o centro de sua pesquisa é o telúrio, e que sem a colaboração da UFSM, ele não conseguiria realizá-la. Além disso, comenta sobre o intercâmbio de estudantes: “normalmente, são estudantes de pós-doutorado, e eles vão para a Alemanha, tanto para pesquisar, como também para estudar algumas disciplinas que não estudam aqui”. Os estudantes brasileiros ficam na Alemanha por um período entre seis meses e um ano, e os alemães vêm ao Brasil com regularidade, mas ficam apenas durante um mês.

A respeito da situação atual da pesquisa em ciência no Brasil, Abram afirma: “os cientistas alemães aprenderam a aceitar e respeitar o fato de que os cientistas brasileiros alcançaram grandes avanços nas últimas décadas. O governo brasileiro investe muito dinheiro em universidades e em ciência, então, na Europa e na Alemanha, não há dúvida de que a pesquisa em ciência no Brasil é excelente”.

O professor Abram irá participar de palestras e seminários no Departamento da Química durante o período que estiver no Brasil e também irá ministrar algumas aulas na pós-graduação, em conjunto com professores da UFSM.

Na sexta-feira (13), o professor ministra palestra sobre intercâmbio na Alemanha. Para mais informações, CLIQUE AQUI.

Foto: Ítalo Padilha. 

Repórter: Paula Bisio Mattos – Acadêmica de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

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