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Envelhecimento saudável é foco de pesquisa na UFSM



Envelhecer sempre foi um grande questionamento. Mesmo com diversos estudos na área, permanece sendo um processo irreversível. Porém, uma gama de pesquisas vem se voltando para isso, principalmente, em busca de amenizar a degradação causada pelo envelhecimento. Entre as pesquisas, que têm se destacado no cenário nacional, estão as desenvolvidas pelo Laboratório de Biogenômica vinculado ao Departamento de Morfologia da UFSM.

A pesquisa foi recentemente citada pela revista Istoé, com falas da professora adjunta, bióloga e geneticista Ivana Beatrice Manica da Cruz. No caso dessa publicação, foi abordada uma das linhas de pesquisa desenvolvidas: a sobre radicais livres. Entretanto, o Laboratório de Biogenômica aborda, de uma maneira mais geral, a interferência que o meio ambiente tem nos nossos genes; sendo isso, trabalhado em três linhas de pesquisa.

Linha sobre Radicais Livres

Essa linha estuda a importância dos radicais livres para a proliferação de células tronco. Ou seja, a reprodução de células que são capazes de gerar vários tipos de tecidos do nosso corpo. Devido a essa capacidade, as células tronco permitem a regeneração de tecidos que tenham sido perdidos ou estejam deteriorados; como no caso de queimaduras, doenças cardiovasculares e até pela velhice.

Os radicais livres, para contextualizar, são moléculas de oxigênio desequilibradas. Elas são responsáveis por se ligar a outras moléculas do corpo, causando a oxidação ou ferrugem dessas. O que leva a alterações nos genes e pode levar a diversas doenças, como o câncer. Porém, diferente do que muitos estudos acreditavam, os radicais livres também têm qualidades benéficas para a manutenção do corpo; como citada a capacidade de induzir a proliferação das células tronco.

Essa visão negativa dos radicais livres levou a diversas pesquisas visando à diminuição deles no corpo; sendo isso previsto através do aumento dos antioxidantes, muito pelo uso de suplementos alimentares. Porém, como esclarece a professora Ivana, “Quando tu rompes o equilíbrio, ingerindo muito antioxidante, não é bom para a célula. E quando tu  produzes muito radical livre, também não é bom para a célula. Nessas duas condições, a célula vai envelhecer mais rápido”.

Dessa forma, como é estudado pelo laboratório, o ideal é que haja um equilíbrio entre os radicais livres e os antioxidantes, o que permite um envelhecimento mais saudável. Para obter essa estabilidade, a professora lembra que “tudo que a gente precisa de antioxidantes a gente tem no nosso prato de comida”, por meio de alimentos como verduras e frutas. Já os radicais livres são produzidos pelo próprio corpo e podem ser levemente elevados através de atividades com mais queima de glicose, como exercícios físicos.

Tal linha de pesquisa promovida pela Biogenômica é praticamente a única no país, e como já citado, traz uma visão diferente dos radicais livres. Porém, o grupo não se detém a esse lado, trabalhando em outras duas linhas também com antioxidantes.

Linhas sobre Antioxidantes

Envolvendo essa área, o laboratório possui duas linhas de pesquisas sendo elas mais centradas na interferência dos antioxidantes no tratamento do câncer. O que, de certa forma, também diz respeito a um envelhecimento saudável do corpo, já que a cura e a prevenção de doenças favorece a longevidade.

Assim, a primeira pesquisa, uma ação conjunta com a Universidade do Estado do Amazonas em parceria com o prof. dr. Euler Ribeiro busca estudar os efeitos dos frutos amazonenses sobre o câncer. Já a segunda, está focada na capacidade anticancerígena de plantas do bioma pampa e é feita em parceria com o professor Ademias Faria Morel e outros professores.

Ambas as linhas desenvolvidas enfatizam  a necessidade de um equilíbrio entre os radicais livres e os antioxidantes. “Quando tu aumentas um pouquinho os radicais livres, pode ser que isso seja bom para o estímulo da diferenciação [divisão] celular. E quando tu aumentas um pouquinho os antioxidantes, isso pode ser bom para prevenir o câncer. O que o nosso laboratório estuda é esse balanço”, reforça Ivana.

Projeto de Inovação tecnológica

O Laboratório de Biogenômica atualmente possui um projeto de inovação tecnológica que está em desenvolvimento. Conforme a professora Ivana Cruz, recentemente foi aprovada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) uma proposta do grupo. O projeto prevê a criação de uma água funcional a base do guaraná. No entanto, também já vem sendo estudado pelo laboratório as qualidades de outras bebidas, como o chá verde, o café e o chimarrão.

Foto: Leonardo Cortes – Acadêmico de Jornalismo.

Repórter: Laíssa Sardiglia – Acadêmica de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau. 

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