O reitor da UFSM, Paulo Afonso Burmann, cumpriu agenda em Brasília na terça-feira (11) para tratar de temas de interesse da instituição. Um dos assuntos em pauta foi referente ao campus de Cachoeira do Sul. Burmann explica que, devido à mudança significativa no projeto, foi necessária uma repactuação. O projeto que havia sido enviado ao Ministério da Educação (MEC) previa um número menor de docentes e um volume menor de investimentos. Com a alteração, houve a necessidade de mais servidores, tanto docentes quanto técnico-administrativos, e de um volume maior a ser investido no novo campus.
A negociação foi iniciada pela atual gestão da UFSM no mês de janeiro, e já teve resultados. “Chegamos a um bom termo, com a confirmação do número total de docentes que havia sido solicitado, com uma pequena margem além, e de servidores, também com ligeira vantagem em relação aos números anteriores. Neste aspecto, as informações oferecem uma tranquilidade para a implantação do campus de Cachoeira do Sul, considerando que, da parte de pessoas necessárias, a implantação e consolidação ficarão dentro do que estava previsto”, afirma. “Este é um exemplo da importância de se fazer um estudo e planejamento adequado do que queremos para cada um dos espaços da universidade”, acrescenta.
O projeto do campus de Cachoeira do Sul foi alterado, em relação à proposta original, no que se refere aos cursos. Está previsto um Polo de Tecnologia, concentrando os cursos de Engenharia de Transportes, Engenharia Agrícola, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica e Arquitetura e Urbanismo, totalizando 400 novas vagas para estudantes por ano, com duas mil matrículas ao final da implantação. “É um crescimento bastante significativo na universidade, mas que vem acompanhado do suporte necessário”, avalia Burmann.
Segundo ele, o projeto foi bastante elogiado pelos responsáveis pela área de expansão das universidades junto ao MEC, já que a ideia é que tanto as pessoas envolvidas quanto a estrutura sejam direcionadas para uma área específica, de forma a racionalizar o investimento de recursos públicos. O reitor reforçou o compromisso de iniciar a primeira turma em Cachoeira do Sul em agosto deste ano. O MEC exige que o sistema de ingresso seja via Enem/Sisu.
Outra agenda de Burmann em Brasília foi junto à Secretaria de Ensino Técnico e Tecnológico. Ele buscou informações adicionais solicitadas pelo Conselho Universitário (Consu) referentes a um processo em tramitação que trata da migração do Colégio Agrícola de Frederico Westphalen (CAFW) para o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifet). A demanda surgiu do próprio CAFW, que aponta vantagens com a migração. Segundo Burmann, a UFSM não se opõe, mas há dúvidas com relação à migração patrimonial. Uma nova reunião deverá ser realizada em Brasília para dar continuidade às discussões na próxima semana.
O reitor afirma que, ao longo do ano, deverão ser cumpridas agendas frequentes na capital federal. “Precisamos estar mais presentes lá para acompanhar os processos de interesse da universidade”, salienta.