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​Dia Mundial da Conscientização do Autismo é lembrado com ações na UFSM



No dia 2 de abril é comemorado o Dia
Mundial da Conscientização do Autismo.
Uma ação da Organização das Nações Unidas (ONU), que se repete desde
2007 a fim de lembrar a população sobre a importância dessa questão. Na UFSM, o
dia está marcado por ações promovidas pelo Grupo de Pesquisa Educação Especial
e Autismo (EdEA).

Entre as ações,
haverá a palestra sobre o tema “Transtorno do
Espectro do Autismo”; ministrada pelo professor e coordenador do grupo
de pesquisa, Carlo Schimidt. Prevista para ocorrer às 20h no Sinprosm (rua André Marques, 480), estará aberta a pais e
professores interessados. Além da palestra, a reitoria e arco de entrada da UFSM estarão iluminados de azul até 8 de abril, em alusão ao Dia do Autismo. Conforme Schimidt, as
atividades visam a “marcar o dia do autismo, mostrar que a UFSM e o grupo
de pesquisa estão apoiando a causa, produzindo pesquisa e se manifestando no dia
internacional”.

Grupo de
Pesquisa Educação Especial e Autismo

O EdEA surgiu em 2009, quando Carlo, que
já trabalhava com autismo na psicologia, ingressou como professor no curso de
Educação Especial da UFSM. Ele tinha uma linha de pensamento mais próxima à medicina e, ao entrar no curso, passou a adotar uma perspectiva mais educacional do autismo. Atualmente o grupo é composto
por mais seis mestrandos que trabalham o autismo em duas linhas de pesquisa:
uma voltada para a inclusão escolar e outra para a participação familiar nesse
processo.

Na primeira linha, o EdEA foca a investigação de atividades pedagógicas desenvolvidas por professores com crianças
autistas, para avaliar os caminhos e dificuldades encontradas por eles. “Os
professores ainda se assustam muito quando recebem uma criança com autismo,
eles têm muitas queixas de que não têm capacitação para trabalhar com essas
crianças.”, comenta Carlo. Em meio a isso, o grupo vem trabalhando em um projeto
de formação de professores, a ser desenvolvido entre 2014 e 2015, articulado às universidades federais de Pelotas (UFPel), do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Santa Catariana (UFSC). A intenção é
formar professores da educação infantil com o objetivo de que tenham mais facilidade para reconhecer os sinais de autismo, possibilitando um diagnóstico mais rápido.

Já a segunda linha de pesquisa é voltada para a contribuição dos pais nesse processo de inclusão escolar e para a
aproximação da família com a escola, visando a qualificar a formação da criança autista.
Segundo Carlo Schmidt, uma criança com autismo não consegue generalizar
comportamento, ou seja, “ela acaba aprendendo coisas separadas e que não se
articulam.”. Assim, o processo de
aprendizagem “seria muito melhor potencializado caso a família atuasse numa
relação mais estreita com a escola.”

Entretanto, as pesquisas são muito
recentes e no contexto escolar muitas crianças com autismo seguem desamparadas, seja pela falta de formação dos professores ou por um diagnóstico equivocado. “A criança pode não ser bem avaliada, receber
um diagnóstico equivocado ou não ser submetida a uma avaliação e permanecer na
escola com suas dificuldades. Isso vai ocasionar, logicamente, um atraso tanto
na aprendizagem quanto na etapa escolar, o que pode gerar dificuldades para a
família, para a atuação do professor, ao não conseguirem atender as necessidades
da criança.”, lembra Carlo.

Em dezembro de 2012, depois de reações
por parte de associações de pais e pesquisadores, foi promulgada a Lei Berenice Piana. A lei estimula a pesquisa na área e provê uma série de benefícios a pessoas com autismo, como matrícula em escola regular e atendimento
especializado em sala de aula. Tal demanda por pesquisas reflete muito, também,
a falta de recursos de acessibilidade para os autistas. Conforme o professor,
“existe uma série de recursos de acessibilidade para outras deficiências, mas para
o autismo não tem. Isso tu não tem porque está sendo produzido ainda. Cada um,
no autismo, tem uma característica muito diferente do outro. Nem todos os
autistas vão precisar dos mesmos recursos”.

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