Ele é alto – 1,80m –, magrinho e tem um monitor no lugar da cabeça. Parece esquisito? Mas esse robozinho – desenvolvido pelo curso de Engenharia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – promete conquistar a simpatia das crianças em tratamento médico no Hospital Universitário (Husm). Os primeiros testes serão feitos na semana que vem.
Há um ano, o professor de Engenharia, Rodrigo Guerra, estava empenhado em uma missão: descobrir algo que pudesse motivar a participação dos alunos dos primeiros semestres e, com isso, diminuir a evasão no curso. Nasceu ali a primeira versão do robô de telepresença (ainda sem nome). De lá para cá, o robô foi aperfeiçoado. Está com câmaras e microfones mais potentes. Após esse upgrade, a ideia inicial deu lugar a uma proposta ainda mais nobre: permitir que crianças internadas no HUSM possam visitar colegas e familiares remotamente.
O projeto cresceu e atraiu novos cursos. Hoje, 12 acadêmicos de Engenharia, Desenho Industrial, Terapia Educacional e Educação Especial estão empenhados para fazer do robozinho o mais novo amigo da criançada. Na próxima terça-feira (13) à noite, ele vai ser levado até o CTCriac do Husm e, na quarta-feira (14) de manhã, no Centro de Apoio à Criança com Câncer (CACC) para interagir com os pequenos.
Como? “A intenção é que criança internada use um computador para controlar o robô que vai fazer as visitas. Por enquanto, como operamos com rede local, temos alcance para alguns metros e vamos ficar na sala de brinquedos”, afirma Guerra, que já projeta a visita do robô até a casa das crianças e de familiares. A transmissão vai ocorrer em tempo real. “Para ter uma noção mais exata, a pessoa deve imaginar uma espécie de videoconferência”, explica o professor.
Se você está lembrando do ursinho Elo, que fez sucesso nas redes sociais, há bem pouco tempo, não está de todo errado. Ele serviu de inspiração, sim, para o projeto. “O Elo nos inspirou a criar um personagem mais carismático, transformando o robô em algo menos técnico, mais lúdico.Esse teste vai ajudar a verificar a aceitabilidade das crianças”, diz o professor.
Guerra anuncia mais uma novidade. O robô precisará ser batizado e, por essa razão, uma campanha para escolha do nome já está a caminho. Quem tiver sugestões pode enviar para a página do grupo no Facebook: https://www.facebook.com/garraufsm