O Grupo de
Eletrônica de Potência e Controle do Centro de Tecnologia (Gepoc – CT) da UFSM
trabalha com diferentes formas de energia através de fontes renováveis. Uma
delas é a Energia Solar. As pesquisas na área acontecem desde 2007, mas foi em
agosto de 2012 que se instalou a Usina Solar Fotovoltaica no Centro de
Tecnologia, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
A Usina Solar
Fotovoltaica fornece energia para a UFSM o tempo todo, com exceção dos casos em
que é usada em testes. Seu sistema é customizado para testar, principalmente, inversores,
sendo que seu circuito de proteção é totalmente seguro, pois se desarma no caso
de risco. No horário de pico dos prédios públicos é quando o sistema produz
mais energia, o que é uma grande vantagem para a Universidade. Essa produção
reduz no inverno e à noite, mas mesmo assim, o fornecimento de energia é duas
vezes maior que no melhor local de utilização de energia solar da Alemanha,
onde o sistema é muito utilizado.
A energia solar é
limpa e renovável, portanto apresenta muitas vantagens para o meio ambiente e
saúde das pessoas, pois não há emissão de gases poluentes ou outros tipos de
resíduos. Neste cenário, merece destaque a tecnologia do painel fotovoltaico,
utilizada pelo laboratório, que capta a radiação solar e converte a mesma em
energia elétrica.
Os sistemas
fotovoltaicos são capazes de gerar energia elétrica através das chamadas
células fotovoltaicas, que são feitas de materiais capazes de transformar a
radiação solar diretamente em energia elétrica. As células fotovoltaicas podem
ser dispostas de diversas formas, sendo a mais utilizada a montagem de painéis
ou módulos solares. Os módulos são compostos de células solares de silício.
Elas são semicondutores de eletricidade porque o silício é um material com
características intermédias entre um condutor e um isolante. No caso da Usina
Solar Fotovoltaica do CT, estes módulos, ficam no teto do anexo B do Centro de
Tecnologia.
Quanto aos
sistemas fotovoltaicos, estes podem ser divididos em dois grandes grupos:
sistemas isolados e sistemas conectados à rede.
Os sistemas
isolados são aqueles que não se integram a rede elétrica e, geralmente, são
utilizados em locais remotos ou onde o custo de acesso à rede é maior que o
custo do próprio sistema. Normalmente estes sistemas utilizam bateria para
armazenar a energia, o que gera um problema ecológico devido ao descarte
complexo das baterias, que são feitas de metais pesados.
Já os sistemas
conectados à rede, que é o sistema utilizado pelo laboratório, servem como
qualquer outra forma de geração de energia que utilizamos a partir da rede
elétrica e são utilizados como substitutos destas outras fontes de energia.
Neste caso não há necessidade de armazenamento. Esse sistema é mais difundido
no mundo e não agride o meio ambiente como os sistemas isolados.
Para converter
corrente contínua (cc) em corrente alternada (ca) com as características da
rede elétrica, para alimentar eletrodomésticos e demais equipamentos
convencionais, deve ser utilizado um inversor. Externamente um inversor tem um
formato de uma caixa metálica, mas internamente possui um pequeno universo de
componentes. Os inversores são o principal foco do laboratório, tanto nas pesquisas
como nas parcerias com indústrias nacionais, onde a técnica é transferida para
essas empresas. Há também uma empresa local que surgiu no laboratório com dois
alunos do Doutorado.
Atuam no
laboratório os professores José Renes Pinheiro, Cassiano Rech, Luciano Schuch,
Leandro Michels, Hélio Hey, Mário Lucio Martins. Além de alunos bolsistas, 5
doutorandos e 6 mestrandos.