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Universidade discute mudanças no ingresso ao ensino superior



Debate teve a presença de integrantes da reitoria, do DCE e do coletivo Afronta

A ampliação das políticas de ações
afirmativas, o ingresso no ensino superior por meio do Sistema de Seleção
Unificada (SISU) e a mudança na data do Vestibular foram os três pontos do
debate ocorrido nesta terça-feira (20), ao meio-dia, em frente à entrada da
unidade principal do Restaurante Universitário.

Promovido pelo Gabinete do Reitor da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o debate teve a mediação do reitor,
professor Paulo Afonso Burmann, e a presença dos pró-reitores de
Graduação, professor Albertinho Luiz Gallina, e de Assuntos Estudantis, professor
João Batista Paiva, da representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE)
Thais Paz e do representante do coletivo Afronta Elias Costa.

A iniciativa visa promover o debate com a
comunidade acadêmica antes da votação das três pautas ligadas ao vestibular na
próxima reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), prevista
para esta quinta-feira (22). Além do encontro em frente ao RU, já aconteceu,
nesta segunda-feira (19), seminário no prédio 67. Também ocorrerá, nesta
quarta-feira (21), às 9h, audiência pública na Câmara de Vereadores de Santa
Maria.

O
professor Albertino Gallina apresentou os três pontos propostos pela
Pró-Reitoria de Graduação ao CEPE: aumento da reserva de vagas de 34% para 50%
no próximo concurso; destinação de 30% das vagas para o SISU e mudança da data
do vestibular de 14 a 16 de dezembro para 6 a 8 de janeiro. O pró-reitor
explicou que a intenção é antecipar a aplicação da Lei da Cotas e ampliar o
debate sobre o acesso ao ensino superior. “Apenas aumentar para 50%, não
haverá nenhum avanço. O que queremos é discutir outros elementos importantes
para esta luta histórica. Queremos a permanência destes universitários”,
comentou. Em relação ao SISU, a Instituição, além de seguir uma tendência
nacional, poderia ser beneficiada com recursos da União que poderiam contribuir
com políticas voltadas à assistência aos cotistas. Já a mudança de data do
concurso parte de uma solicitação da Comissão Permanente de Vestibular
(Coperves).

Estudantes participaram de seminário sobre mudanças nas formas de ingresso à UFSM

A
estudante Thais Paz lembrou que, atualmente, as universidades públicas em sua
grande maioria não absorvem os estudantes provenientes da rede pública. “O
processo não é democrático. Pensar as cotas é pensar a diversificação dos
sujeitos”, enfatizou. No mesmo sentido, o historiador Elias Costa
ressaltou que as cotas ajudam a corrigir “uma dívida histórica do
Estado” com a população negra. O pró-reitor João Batista Paiva
lembrou que o SISU tem como finalidade principal a inclusão social e reforçou a
importância da permanência.

A
acadêmica de Psicologia Pamela Kenne, também representante do DCE, diz que a
Lei de Cotas não falhas, por não reservar, por exemplo, vagas para portadores
de necessidades especiais.

O
técnico-administrativo Eloiz Cristino, da Assufsm, acredita que é preciso investir
em ações voltadas para a permanência dos cotistas.

Videoconferência – A fim de esclarecer, conhecer o sistema SISU/Enem, aconteceu na tarde desta terça-feira (20), no auditório do prédio 67, uma videoconferência com o pró-reitor de Graduação da Universidade Federal do Ceará (UFC), Custódio Luis Silva de Almeida, já que a UFC realiza o ingresso no Ensino Superior através desse sistema há 5 anos, tanto para o Ensino Presencial, quanto para o Ensino a Distância (EaD). 

Custódio ressaltou que a preocupação inicial era com a regionalização das vagas, ou seja, se os ingressastes na Instituição seriam do estado do Ceará.  “Atualmente, a média de ocupação de vagas é de 90% por estudantes do estado.”, ressaltou, lembrando que no Nordeste todas Universidades Federais já aderiram ao sistema SISU/Enem.

Outro ponto destacado por Almeida é a homogeneidade dos alunos ingressantes. Segundo ele, esses estudantes selecionados possuem maior compreensão textual e melhor estrutura de argumentação. “Os perfis dos alunos dos cursos mais procurados antes eram bem diferentes dos ingressantes nos cursos menos procurados.”, falou Custódio. 

O pró-reitor ainda comentou sobre a necessidade de investimentos maiores na Assistência Estudantil, uma vez que triplicaram o número de refeições no Restaurante Universitário, triplicaram o número de moradias e bolsas acadêmicas. “O principal motivo da evasão é a questão financeira do aluno. Por isso é necessário o incremento de recursos na Assistência Estudantil. Hoje, a UFC tem alunos de quase todas as cidades do estado. O problema do SISU é a evasão, índice esse que já está estabilizado na UFC”, destacou. 

Custódio ainda abordou o perfil socioeconômico dos ingressantes. “A renda média começou a cair já no Reuni, com a expansão das vagas. Curso de alta demanda como Medicina, baixou a renda média um pouco. Já nos cursos de demanda intermediária, a renda média baixou de forma mais significativa. 

A discussão sobre o ingresso no Ensino Superior segue na manhã desta quarta-feira (21), com a realização de uma audiência pública, na Câmara Municipal de Vereadores, a partir das 9h. 

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