O projeto “Do cativeiro à liberdade: histórias de vida
e narrativas de mulheres presas”, de autoria da professora Marcia Eliane da
Paixão, e ligado ao Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria, espera
por liberação da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) para
começar as atividades práticas no Núcleo Estadual de Educação de Jovens e
Adultos (EJA) e Cultura Popular Julieta Balestro, sendo esta última a escola
situada no interior do Presídio Regional de Santa Maria.
O projeto tem como objetivo
ouvir as histórias de 20 mulheres que estudam no EJA, divididas igualmente em
duas turmas. Os referenciais teóricos e fichamentos já foram feitos pelas
integrantes do grupo, que aplicam e vivenciam as metodologias que serão usadas
no presídio entre si, numa tentativa de se colocarem no lugar das pessoas que
serão ouvidas, enquanto as documentações não têm retorno da Susepe.
Os trâmites internos e as exigências de documentação para a aplicação do
projeto atrasou o calendário de início das atividades. Após o retorno da Susepe,
será possível a entrada no presídio e a iniciação dos grupos. A esperança para
que a documentação venha antes do prazo de seis meses é grande.
As narrativas serão reunidas por, no mínimo, seis meses e a modelagem literária
das participantes acontecerá de forma paralela, sem ser o foco. Acontecerá
somente quando o grupo sentir a necessidade, para o bom desenvolvimento do
projeto na prática.
As histórias contadas pelas alunas poderão ser reunidas em livro e a
intenção do grupo é que ele tenha o selo da Maria Papelão Editora.
Germano Molardi
Acadêmico de Jornalismo, bolsista da Coordenadoria de Comunicação Social