Periódicos científicos ajudam a disseminar o resultado de pesquisas e
fomentar a reflexão sobre temas emergentes discutidos no ambiente acadêmico. Na
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), estas publicações estão no Portal de Periódicos Eletrônicos da UFSM, coordenado pela instituição. Além do
trabalho interno, a preservação e a divulgação são viabilizadas por meio de
acordo de cooperação técnica com o Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia (Ibict) e com a Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital –
Cariniana.
Atualmente, 20 dos 30
periódicos da UFSM estão preservados pela Rede Cariniana. A partir do Sistema
Lockss (Lots of Copies Keep Stuff Safe, que em
português significa Muitas Cópias Mantêm as Coisas Seguras), a rede
replica, pelo menos, seis cópias das publicações em ‘caixas’. Segundo o
bibliotecária Débora Dimussio, a UFSM gerencia uma destas ‘caixas’, e, as
demais pela rede. Além da bibliotecária, que integra o Comitê de Informação, o
técnico-administrativo Henrique Pereira, da UFSM, participa do Comitê de
Tecnologia da Informação da rede.
Os periódicos da UFSM estão
preservados no Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER). Esse
sistema é de acesso aberto e conta com todas as publicações dos demais
parceiros da rede. Na UFSM, um servidor foi disponibilizado para armazenamento desses
documentos digitais e instalação do Sistema Lockss. Conforme Débora, a Universidade de Stanford
monitorou todo o processo, que tem como finalidade permitir a integração total à
rede Cariniana.
“A Rede Cariniana é
um projeto inovador, que nos possibilita um trabalho integrado com
universidades de ponta e um aprendizado sobre tecnologias e metodologias de
preservação digital. Neste sentido, é fundamental que se estabeleçam políticas
institucionais, critérios e procedimentos que possibilitem preservar nossos
documentos digitais de forma adequada e segura. Para tanto, profissionais de
TI, bibliotecários, arquivistas e pesquisadores da área devem congregar seus
conhecimentos e criar padrões e normas para assegurar o acesso, por longo
tempo, à nossa produção intelectual com a integridade e a autenticidade
necessárias”, comenta a bibliotecária da UFSM.
Além da preservação e da divulgação das publicações,
a rede oportuniza a capacitação profissional. A parceria inclui elaboração de
política documental, reuniões frequentes
via Skype, encontros anuais, pesquisas e desenvolvimento de tecnologia
Maurício Dias
Jornalista da Agência de Notícias
Preservação digital
Assista
ao vídeo a seguir, produzido pela NBR, sobre o trabalho do Ibict na preservação
da produção científica nacional: