Permanentemente conectados à
internet, os integrantes da Geração Z têm perfil multitarefa, pois desempenham diferentes
atividades ao mesmo tempo. Por isso, os nativos digitais exigem um novo olhar
para a educação. Neste sentido, o Grupo de Redes de Computação Aplicada (Greca), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), realiza um trabalho de
destaque ao projetar ambientes adequados ao perfil cognitivo dos alunos e ao
tipo de conexão à internet.
Conforme conta a professora
Rosecleia Duarte Medina, coordenadora do Greca, antes de os smartphones
chegarem
o grupo já pensava em como adaptar o material didático para os dispositivos móveis.
O primeiro experimento, desenvolvido em 2007, tinha como objetivo apresentar
conteúdos de biologia adaptados ao acesso via smartphone.
Antes da popularização dos
aparelhos, do sistema operacional Android e das conexão wi-fi e 3G, os
dispositivos dispunham de soluções específicas em termos de conteúdo. Era preciso elaborar o conteúdo conforme o tipo de tela. Pensando
nas características dos dispositivos e da redes, o Greca projetou um ambiente
sensível ao contexto do aluno, isto é, ao tipo de conexão à internet. Assim, materiais
mais pesados, como vídeos, só são exibidos quando há velocidade compatível para
a transferência deste tipo de conteúdo.
O estilo cognitivo do aluno
também preocupa os pesquisadores da UFSM. Entre os projetos desenvolvidos pelo
Greca, neste sentido, estão o TCN5, um laboratório virtual 3D. Assim como no
Second Life, os alunos entram neste mundo simulado com o uso de avatares. A
inovação é que o TCN5 permite o acesso aos materiais didáticos usados nos cursos de educação a distância. Esse projeto foi concebido para ser visualizado do computador, do smartphone e do tablet.
Para a professora Roseclea, o
ensino passa por mudanças importantes e sem volta, incluindo das
metodologias, das avaliações e do papel do professor. “O papel do
professor hoje é o de orientador que mostra possíveis caminhos”, comenta a
professora.
Maurício Dias