O Laboratório de Microbiologia Veterinária da UFSM iniciou, em abril deste ano, a análise de soro equino para um abatedouro de animais de São Gabriel com vistas à exportação de carne. O teste tem como finalidade rastrear possibilidade de doenças infecciosas, como a brucelose, que pode causar problemas nas articulações dos animais. Se transmitida ao homem, pela ingestão de carne mal passada, a brucelose pode afetar, além das articulações, o sistema nervoso central, o coração, os ossos e o sistema digestivo.
Segundo o professor Geder Herrmann, coordenador do Laboratório de Microbiologia Veterinária, devem ser analisados, pelo menos, 2 mil soros de animais de todo o Rio Grande do Sul para que se tenha rastreamento preciso e completo. De posse destes resultados, o laboratório produzirá laudos com status sorológicos de equinos de diferentes fazendas gaúchas em conformidade com o Programa Sanitário do Rio Grande do Sul.
Carne de cavalo – O Brasil tem um rebanho de mais de 5,5 milhões de equinos, segundo o Censo Agropecuário de 2010 do IBGE. Embora o consumo seja um tabu, o país é um dos maiores exportadores deste tipo de carne. Cerca de 99% da produção é destinada à exportação. Entre os países que ingerem a carne de cavalo estão Rússia, Japão, China, Itália, Bélgica, Holanda, França e África do Sul.
Anteriormente os cavalos destinados ao abate eram utilizados para outras funções. Hoje já existem animais criados especificamente para o consumo humano.
A principal unidade de abate no Brasil fica na cidade de Araguari, em Minas Gerais. Também há unidades de abate em Apucarana, no Paraná, e em São Gabriel, no Rio Grande do Sul.
