William Blake (1757-1827) foi um importante poeta e pintor inglês associado ao romantismo. Sua principal atividade era a arte da gravura. Criou uma técnica com ácidos para produzir, de forma independente, seus livros iluminados. Depois de várias alterações editoriais, sua arte iluminada recebeu atenção crítica e interpretativa nas últimas décadas. O objetivo do projeto de Blake na UFSM, bem como o Grupo de Pesquisa junto ao CNPq, é fomentar o estudo sobre a arte de Blake no Brasil, além de disponibilizar ao público traduções de obras ainda inéditas em nosso idioma.
O Centro de Pesquisa William Blake objetiva integrar não apenas estudiosos e interessados na obra de Blake no Brasil e em outros países da América Latina, como também promover o debate com colegas de outras áreas, como Artes Cênicas, História, Filosofia e Artes Visuais.
O Centro mantém o Acervo de Referência Michael Phillips, que preserva e disponibiliza livros e materiais para pesquisa, promove ações de pesquisa e extensão, realizadas na UFSM e em outras instituições, dentre elas eventos, registro de um grupo de pesquisa no CNPq, sendo esse que conta atualmente com a colaboração dos professores Alcides Cardoso dos Santos (Unesp) e Juliana Steil (UFPel), e publicação de estudos críticos e de traduções da obra do artista, e também organização de atividades culturais.
Em julho de 2012, o coordenador, Enéias Tavares, começou a trabalhar na UFSM como professor adjunto, o que propiciou a oportunidade de institucionalizar o projeto de Blake. No final de 2012, recebeu de Michael Phillips a primeira parte da biblioteca, que veio a formar o acervo crítico que leva seu nome bem como energizar o projeto do centro de pesquisa.
O acervo do projeto integra um esforço conjunto visando a criação, na Universidade, de um Centro de Documentação e Memória. O projeto além de receber apoio do Gabinete de Pesquisa Neusa Carson (DLCL) e do Laboratório Corpus, também recebe o apoio do Programa de Pós-graduação em Letras da UFSM, ao lado do suporte financeiro e acadêmico da direção do Centro de Artes e Letras (CAL).
Atualmente, o projeto conta, na UFSM, com um grupo de sete pessoas: além do coordenador, Tavares, as bolsistas de Iniciação Científica, Suélem Martins e Danieli Schünemann, e os mestrandos Andrio Santos, Leandro Oliveira, Paula Cabrera e Daniela do Canto. Além dos orientandos de iniciação científica, mestrado e dois professores, há também contatos com outros docentes da Universidade e de outras instituições. Da UFSM, há o trabalho da professora Mariane Magno, do Departamento de Teatro, e o apoio de Michael Phillips, que, segundo Tavares, mesmo a distância contribui e orienta muitas das atividades. Em 2015, há a previsão de Phillips enviar outra parte de sua biblioteca e, em 2016, dele visitar o Brasil para uma série de atividades acadêmicas, que envolverão UFSM, UFRGS, UFPel e Unesp, além de oficialmente inaugurar o acervo que leva seu nome.
O acervo está aberto a especialistas, professores, alunos e interessados nos livros de Blake.
Para visitá-lo, basta agendar um horário enviando e-mail para blakeresearchcenter@gmail.com.
* Sabrina Cáceres, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Coordenadoria de Comunicação Social