O
Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) terá um Plano Diretor Estratégico.
Por intermédio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh),
técnicos especialistas do Hospital Sírio Libanês vieram a Santa Maria e,
juntamente com a direção do Husm, elaboraram um plano que é inédito para o
hospital.
Segundo
a superintendente geral, Elaine Resener, o Plano Diretor Estratégico foca na
estrutura física, em processos de trabalho, na recuperação tecnológica, na
recomposição do quadro e gestão de pessoas e nas estruturas de ensino e
pesquisa. “Este plano é a sinalização de que o hospital tem a oportunidade
de trabalhar na direção da qualidade, com profissionalismo na gestão”,
destacou Elaine em entrevista a Roberto Montagner e Cleber Costa, do programa
Campus da Gente, veiculado recentemente pela Rádio Universidade.
Na
entrevista, a superintendente geral destacou que o Husm passa por um novo
momento. Desde 2010, com o Programa de Reestruturação dos Hospitais
Universitários (Reuf), já foram investidos cerca de R$ 45 milhões na
incorporação de novas tecnologias, equipamentos, reforma de estruturas físicas
e construção de novas estruturas. Um dos exemplos é a nova central de UTIs, que
está em construção atrás do Husm e quando estiver concluída, em 2015, ampliará
o número de vagas de 48 para 84, e também a Central de Laboratórios, já com
recursos destinados.
Neste
processo de reestruturação do Husm, a adesão à Ebserh, efetivada em 2013, foi
de grande importância, conforme Elaine, pois permitirá a contratação de novos
servidores, atualmente o “nó crítico” da instituição. Na segunda quinzena
de agosto, deverão ser chamados cerca de 250 novos profissionais aprovados em
concurso público. “Estes profissionais
devem se apresentar em setembro para serem alocados nos diferentes locais de
trabalho, com prioridade para a cobertura dos plantões, de UTI, pronto-socorro
e unidade coronariana, sempre levando em consideração a nossa missão de prestar
assistência de excelência, sem descuidar do aluno e da qualidade na prestação
do serviço”, afirmou Elaine.
Ela
salientou que os servidores antigos, enquadrados no regime jurídico único,
serão “os grandes atores desta transição”, recepcionando os novos
colegas e auxiliando-os com o conhecimento acumulado. “É uma etapa
trabalhosa que temos pela frente, mas com muitas perspectivas positivas. Nunca
antes tivemos concurso para 827 vagas de trabalho.
Temos que aproveitar este momento para fazer as mudanças”, destacou. Os
demais aprovados no concurso deverão ser chamados até os primeiros meses de
2015.
Com os
investimentos que vêm sendo realizados e os novos profissionais, a meta é,
ainda este ano, ampliar em 30% a oferta de atendimento na área ambulatorial,
com novos especialistas – o índice só não será maior porque muitos dos novos
contratados preencherão lacunas no quadro de servidores. Além disso, a abertura
da nova central de UTIs, no ano que vem, deverá desafogar o gargalo regional em
UTI neonatal e de adultos. A ampliação das atividades cirúrgica, de
pronto-socorro, entre outras, também está prevista.
“Nosso
foco é o atendimento de excelência, a ampliação de serviços em quantidade e
qualidade, o que é importante para o usuário e para o aluno de graduação, sairá
formado como profissional competente para se inserir no mercado de
trabalho”, afirma Elaine, lembrando que o Husm é procurado não apenas por usuários
do SUS, mas também buscado por quem tem plano de saúde e opta pelo atendimento
do SUS e sua regulação, tanto para emergência quanto para alta complexidade, o
que é reflexo da qualidade dos serviços e dos profissionais, selecionados
exclusivamente por concurso público.
Elaine lembra que a Ebserh é uma empresa pública
criada para dar retaguarda de gestão para os hospitais universitários, que
continuam, porém, com autonomia de gestão. “O Husm continua da UFSM”,
ressalta. Com o tempo, a adesão à Ebserh deverá representar também redução de
despesas, por meio da compra em grandes volumes para todos os hospitais
universitários. Os contratos de manutenção também deverão ser facilitados.