Em reunião realizada na tarde de quinta-feira (14), o reitor Paulo Afonso Burmann recebeu em seu gabinete o secretário de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Sul, Cleber Prodanov, a diretora-presidente da Fapergs, Nadya Pesce e o professor Osvaldo Moraes, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI). Também estiveram presentes o vice-reitor Paulo Bayard e professores da instituição.
Entre os assuntos tratados na reunião, foi discutida a criação de um centro de pesquisa sobre o bioma Pampa. Trataria-se de uma estrutura capaz de dar conta de pesquisar e ter soluções para o desenvolvimento de toda a área do Pampa gaúcho, propondo alternativas científicas, tecnológicas e também econômicas.
Segundo o secretário Prodanov, “é importante estudar o bioma Pampa, reunir pesquisas e estudos que já existem e transformar esses estudos em novos produtos, para que a região tenha um ganho social, um ganho econômico, e que possa também usufuir de toda a ciência que se produz”.
Segundo o reitor Paulo Burmann, o que se pretende é aglutinar os diversos grupos de pesquisa sobre o tema em um grande sistema de produção de conhecimento:
“A UFSM toma a iniciativa e chama para si essa responsabilidade, mas vai compartilhar com outras instituições- a Universidade não vai fazer sozinha. Através da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, vamos buscar parcerias junto às outras universidades do Rio Grande do Sul, e também com perspectivas de internacionalização a partir de contatos que estão sendo estabelecidos com um grupo de pesquisadores uruguaios que têm interesse nessa matéria”.
Como resultado da reunião, foi decidido que vai ser constituído um grupo de trabalho, dentro da Universidade, para montar um ante-projeto com uma proposta inicial que vai ser levada a outras universidades, ao Governo do Estado, ao Governo Federal e à Capes.
‘Pelo nivel de pesquisadores que temos e a nossa localização geográfica, acreditamos que a UFSM tenha a estrutura ideal para encampar esse projeto.’, ressaltou o reitor.
O que é o bioma Pampa (Fonte: Ministério do Meio Ambiente)
O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496 km² (IBGE, 2004). Isto corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro. As paisagens naturais do Pampa são variadas, de serras a planícies, de morros rupestres a coxilhas. O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à biodiversidade. As paisagens naturais do Pampa se caracterizam pelo predomínio dos campos nativos, mas há também a presença de matas ciliares, matas de encosta, matas de pau-ferro, formações arbustivas, butiazais, banhados, afloramentos rochosos, etc. Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência.