O diretor de Políticas e Programas de Graduação da
Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, Dilvo Ristoff,
enfatizou, durante a abertura da 29ª Jornada Acadêmica Integrada (JAI), que a
educação depende da imagem de futuro. A solenidade aconteceu na manhã desta
segunda-feira (20), no auditório do Centro de Tecnologia, e teve como convidada
a presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul
(Fapergs), Nádya Pesce da Silveira. Representaram a UFSM, na abertura, o reitor
Paulo Burmann, os pró-reitores de Pós-Graduação e Pesquisa, Paulo Renato Schneider, de Graduação, Martha Adaime, e de
Extensão, Teresinha Weiller, e o coordenador geral da JAI, Paulo Piquini.
Ao citar o escritor Alvin Toffler, Dilvo Ristoff argumentou
que diferentemente do choque de cultura, o choque de futuro não permite o
retorno, pois se volta ao passado. Atento ao futuro da educação, Ristoff lembrou
que dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) apontam que o
perfil das instituições públicas tem mudado. “Os cursos de Medicina tinham
70% de estudantes provenientes das classes mais altas. Hoje este índice é de 40%”,
comenta. Para o diretor, os destaques ficam para o aumento do número de estudantes
que pertencem a primeira geração familiar que cursa universidade e da entrada daqueles
que cursaram ensino médio público. “Não dá para dormir à noite ao saber
que há cursos em que 80% dos alunos são provenientes de 13% das escolas
de ensino médio, as da rede privada”, declarou.
Após a fala de Ristoff, o reitor da UFSM tomou a palavra e
destacou a necessidade de investir na qualidade do ensino, da pesquisa e da
extensão. Neste sentido, Burmann informou que os 40 melhores trabalhos
apresentados na 29ª JAI serão selecionados para a 67ª Reunião Anual da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência, que acontecerá em São Carlos, São Paulo.
50 anos Fapergs
A palestra de abertura da 29ª JAI foi com a presidente da
Fapergs, Nádya Pesce da Silveira. Egressa do Curso de Química Industrial da UFSM
e doutora em Química pela Universidade de Bielefeld, na Alemanha, Nádya argumentou
que sem pesquisa não há futuro.
A presidente
da Fapergs lembrou dos 50 anos da instituição e do novo direcionamento nos últimos
dez anos. Atualmente, o Fundação conta com mais comitês assessores – passou de
14 para 16 -, tem apoio de órgãos como CNPq e Capes e utiliza, entre outros
critérios, a regionalidade para conceder bolsas. Além disso, a Fapergs investe
em tecnologias de informação e comunicação a partir do SIC Fapergs e das mídias
sociais para interagir com os pesquisadores.
