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​Planta rara é encontrada na região norte do RS



Aechmea recurvata, popularmente conhecida como bromélia

O epifitismo é uma forma de
relação característica das plantas que se desenvolve sobre outras sem
prejudicá-las. Essas plantas, que não enraízam o solo, fixam-se em outras
árvores ou em objetos elevados para receber luz solar e umidade com mais
facilidade do que diretamente do solo. As plantas epífitas dispõem de sistemas
específicos para absorver umidade do ar e extrair sua alimentação mineral da
poeira que recai sobre si. A presença de algumas espécies epífitas na zona
urbana auxilia na avaliação da qualidade ambiental tanto da cidade quanto do
seu entorno.

Foi pela importância das
espécies epífitas que as graduandas Maria Elenice Alves, Clediane Brun e Raquel
Dal Forno a professora adjunta Liliana Essi, do Departamento de Biologia do
Cesnors/UFSM campus Palmeira das Missões, realizaram o levantamento qualitativo
de espécies epífitas vasculares (que possuem vasos condutores de floema e
xilema, estão neste grupo pteridófitas, gimnospermas e angiospermas) presentes
na zona urbana do município de Palmeira das Missões, na região norte do Rio
Grande do Sul.

Para efetuar o
levantamento, foram analisados o Parque Municipal de Exposições, em três praças
e o campus da UFSM, todos no município. Realizaram coletas quinzenais nas áreas
citadas ao longo de dez meses (de março a dezembro de 2012). A observação de
epífitos vasculares foi realizada a partir do solo em todas as áreas e, quando
se fez necessário, foi realizada a escalada natural do forófito (árvore que
serve de suporte para epífitas sem parasitá-la, somente como fixação).

Durante o estudo, foram
encontradas oito espécies de angiospermas e seis espécies de pteridófitas.
Registraram uma espécie rara no estado, a Aechmea
recurvata
, popularmente conhecida como bromélia, o que demonstra a
importância ecológica de fragmentos florestais e de áreas verdes no ambiente
urbano.

O estudo se fez necessário
para um maior conhecimento sobre a biodiversidade vegetal em áreas urbanas e
fragmentos florestais existente na região norte do Rio Grande do Sul. Também,
vale ressaltar, que a proteção das áreas que foram estudadas, associada com a
manutenção de árvores mais velhas, é fundamental para a conservação das
comunidades epifíticas urbanas, as quais podem funcionar como ponte entre as
comunidades epifíticas do entorno, permitindo um fluxo gênico e, desse modo,
contribuir com a conservação das espécies na região.

O estudo foi publicado na
Revista Ciência e Natura (Volume 36 – n°3), do Centro de
Ciências Naturais e Exatas (CCNE), podendo ser conferido aqui.

Vanessa Gonzaga Noronha – colaboradora
da revista Ciência e Natura

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