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​24 horas de cultura e esportes



Com a
proposta de integrar a comunidade santa-mariense em um espaço público que
proporcionasse diversão e interação de forma gratuita, a Pró-Reitoria de
Extensão (PRE) promoveu a Virada Cultural, que aconteceu neste último
final de semana na UFSM.

Foram
24 horas de atividades, desde as 18h de sábado (6). A abertura do evento contou
com a apresentação artística dos alunos do curso de Dança na universidade.
Orientados pela professora Silvia Susana Wolff, os alunos aplicaram trabalhos
representativos e bem processuais do curso, porém, de acordo com Silvia, a
dança foi resultado também de uma expressão livre da criatividade e do
entrosamento entre os alunos, característica que animou a apresentação.

Na
sequência da programação, as pessoas puderam curtir a apresentação dos grupos
locais Carro de Passeio, Velha Cortesã, Os Inclusos, Módulo Lunar, Jardim Elétrico
e Saturninos. Neste momento, alguns jovens se reuniram em frente ao palco para
dançar e cantar com os músicos.

A
apresentação das coreografias “Escoliografia”, “DIVAgando”,
“Reticências entre Parênteses” e “Quantos gritos cabem em um
silêncio” impressionaram o público, que se contagiou com a energia e a
história por trás da dança. Saudados com muitas palmas, os dançarinos cumpriram
seu momento com uma apresentação intensa e com poder de reflexão sobre fatos do
cotidiano.

Concomitantemente,
estava localizado em frente ao Planetário o Espaço Prazeres Saudáveis – redução
de danos, cultura e transformação social, do Grupo de Apoiadores de Redução de
Danos. O espaço proporcionou à população informações sobre o projeto Ítaca, que,
com apoio da UFSM e do Ministério Público, propõe cursos oferecidos por
trabalhadores em Redução de Danos no Rio Grande do Sul, a partir de suas
experiências com o uso de drogas e sobre o papel destas na vida das pessoas.

Estavam
disponíveis no local tintas, sprays e cartazes para pintura e pixo, além de
livretos com informações sobre o assunto e camisinhas. De acordo com a
enfermeira e participante do projeto Michele Eichelberger, o grupo visa à
aprovação de políticas públicas de redução do uso de drogas, além de promover o
debate sobre estes usos e trazer os jovens para a conversa de uma forma
atrativa, no caso, por meio de pintura, pixo e de outras artes.

Ao
mesmo tempo, aconteciam outras atividades pela universidade que estavam
incluídas na Virada Cultural como a mostra de audiovisuais no Espaço Multiuso,
a mostra permanente “Ornitologistas Menores: aproximação entre arte e
ciência”, na Reitoria, a casa do terror, promovida pelo grupo Alforria,
entre outros.

Durante
a madrugada, seguiram as apresentações com as bandas Apoteose, Sangue de Pedra,
Fúria RockPaulera, Flush, In Coma, Inseto Social, X Factor e Three X.

Logo
cedo, no domingo, foi dada a largada para a Ultramaratona. Durante seis horas,
os corredores inscritos em diferentes modalidades (solo, especial solo, duplas
e quartetos) percorreram um circuito de 1000 metros, aos fundos
do Planetário. O evento inédito, promovido em parceria com a Liga dos Grupos de
Corrida de Santa Maria, objetivou promover o meio esportivo dentro do espaço
cultural e propor novos desafios às pessoas. Apesar de haver uma 
premiação
final, os atletas ressaltaram que mais do que uma competição, a importância
desse tipo de exercício se dá na promoção da saúde, uma vez que puderam,
superando dificuldades, testar sua resistência e avaliar o condicionamento
físico.

Outra
atividade que despertou a atenção pela manhã foi a aula de zumba. Os
instrutores, em meio aos movimentos de alta e baixa intensidade, destacaram a
importância de se divertir com o treino para o alcance de resultados positivos.
Ritmos musicais latinos e internacionais embalaram o público composto, em sua
maioria, por mulheres.

Ainda
na linha esportiva, a Virada Cultural contou também com uma corrida de
longboard, onde alguns jovens mostraram suas habilidades sobre rodas.

Na
sessão de amostras audiovisuais o projeto “Cinegrafando a Educação –
Experiências educativas em cinema: até onde a sétima arte pode chegar?” exibiu
filmes e documentários nacionais. Surgido a partir de uma iniciativa do Grupo
de Estudo e Pesquisa em Educação e Imaginário Social (Gepeis), do Centro de
Educação, o projeto já atua em escolas públicas de Santa Maria e região,
objetivando incentivar relações e vivências de professores com o cinema. A
atividade de formação continuada em exposição no campus ofereceu um espaço para
discussão da diversidade no que tange ao cinema brasileiro e à sensibilização
do público. Segundo a coordenadora, Valeska Fortes de Oliveira, a presença na
Virada Cultural foi mais um passo para a divulgação e promoção da cultura
cinematográfica brasileira.

O dia
seguiu com apresentações e intervenções artísticas que pautaram problemas
sociais e temas como a corrupção, a violência contra a mulher e a liberdade de
expressão.

Após
as 24 horas de uma programação variada e abrangente a todos os públicos, a
Virada Cultural encerrou ao som da banda Rotações.

De
acordo com a pró-reitora de Extensão, Teresinha Heck, as expectativas sobre o
evento foram alcançadas. A proposta que surgiu a partir da experiência com o
Programa Viva o Campus é por ela classificada como uma “síntese do trabalho”
desenvolvido pela PRE ao longo do ano. Futuras edições já estão sendo pensadas
a fim de reforçar o cenário cultural e movimentar a comunidade local. “Os
talentos precisam de mais espaço. A Virada Cultural propôs fazer a mediação. É
preciso pensar a universidade como um espaço cultural aberto para a comunidade”,
afirma.

Texto
e fotos: Mariana Flores e Tainara Liesenfeld – acadêmicas de Jornalismo,
bolsistas da Agência de Notícias

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