Luma Andrade é
a primeira travesti a ocupar o cargo de docente em uma universidade. Professora
adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab), Luma esteve
participar da atividade Diálogos “Travestis e transexuais na Educação:
acesso, permanência e formação”. O debate foi realizado, no último sábado (25),
pela Pró-Reitoria de Extensão e pelo Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE),
com a participação do Coletivo Voe, para os alunos dos polos UFSM da Universidade
Aberta do Brasil (UAB) .
Em entrevista à TV Campus, gravada nesta segunda-feira (27), Luma pontuou a importância da
aprovação do uso do nome social dentro da UFSM, e também contou sobre
sua história de luta no magistério superior. O espaço para
travestis e transexuais nas escolas, nas universidades e no mercado de trabalho
é muito escasso, e Luma se considera uma exceção. A professora da Unilab considera
triste esta realidade, pois a partir do momento que o ensino básico é
dificultado, a oportunidade no mercado de trabalho se torna distante.O debate na universidade é importante. Pregar o respeito às
diferenças nesse ambiente colabora para que travestis e transexuais não mais
neguem a sua identidade de gênero e, como afirma Luma, possam conquistar a sua
cidadania e, a partir da educação, ter uma vida melhor.
O programa Acontece na UFSM com a participação a professora Luma Andrade, da Unilab, pode ser conferido no vídeo abaixo:
Texto: Luana Mello, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias da UFSM
