Na manhã desta terça-feira (1°),
foi inaugurado na UFSM o Laboratório de Performance
(Lapas). Fruto de um convênio entre a universidade e o Ministério do Esporte, o
laboratório teve um aporte de R$ 1,2 milhão, recursos que foram empregados na instalação
de uma câmara de simulação de condições climáticas e na compra de uma
super-esteira importada da Inglaterra, entre outros investimentos. Este é o único
laboratório da América Latina capaz de simular treinamentos em diferentes
condições de altitude, temperatura, vento e umidade. A estrutura fará parte de
uma rede nacional de treinamento que está sendo estruturada pelo ministério.
Entre as autoridades presentes na
solenidade de inauguração, destacam-se o reitor Paulo Afonso Burmann, o ministro
do Esporte, George Hilton dos Santos Cecílio, o secretário estadual de Turismo,
Esporte e Lazer, Juvir Costella, e o diretor do Centro de Educação Física e Desportos
(CEFD), professor Luiz Osório Cruz Portela.
Em sua declaração, o reitor afirmou que
o Lapas foi, por parte do Ministério do Esporte, uma aposta perfeita. “Estamos
muito honrados com a confiança que o ministério deposita na nossa universidade.
Essa é uma parceria que transcende as gestões da universidade que, assim como o
CEFD, tem várias ações que vão ao encontro do Ministério do Esporte, já que
prestam o apoio, incentivam e estimulam a prática do esporte em todos os níveis
de qualificação”, reitera Burmann.
O diretor do CEFD destaca que o laboratório
é também instrumento de pesquisa para a universidade e que, no futuro, outros
professores serão convidados para produzir conhecimento a partir dessa nova
tecnologia. “O laboratório foi criado com o objetivo de dar atendimento,
oferecer conhecimento tanto para atletas quanto para pessoas que praticam
qualquer atividade física. O objetivo é também prestar serviço à comunidade,
porque começa destinado aos atletas de alto rendimento, mas não ficará restrito
a eles”, informa o professor Luiz Osório.
A mesma visão é compartilhada pelo canoísta
santa-mariense Givago Ribeiro, segundo o qual “esse laboratório é um
diferencial muito grande para quem é de Santa Maria e também para quem vem de
fora, porque temos aqui uma tecnologia que não imaginávamos que fosse possível
e hoje é realidade”, destaca.
Com um limite de velocidade
aproximado de
por hora, a super-esteira pode ser
utilizada por cadeirantes, corredores e ciclistas, sendo capaz de simular declives,
aclives e trajetos diferenciados que variam conforme as provas. Por sua vez, a
câmara de simulação climática possibilita o treinamento em repouso ou em
movimento, com uso de máscara. Ela simula também a situação de ar rarefeito, o
que permite aos atletas uma melhor adaptação quando competem em ambientes assim,
sendo também fundamental para atletas que disputam provas de longa duração.
Além da preparação do corpo do
atleta para competições de diferentes condições climáticas, o centro de
pesquisa permite também que se avaliem pessoas com problemas de saúde e auxilia
nos processos de recuperação de lesões. Segundo o ministro, o laboratório “é um
marco na medicina do esporte que vai capacitar nossos atletas a terem condições
de enfrentar as situações climáticas mais adversas na realização de provas”.
O ministra afirma também que o laboratório
será fundamental se o país almeja estar entre os melhores nas Olimpíadas e
Paraolimpíadas que acontecerão no Rio de Janeiro em 2016. “É uma demonstração
de que os eventos esportivos que vão acontecer no próximo ano não beneficiarão
apenas a cidade do Rio de Janeiro, mas deixarão um legado para o país inteiro”,
reforça. George Hilton disse ainda que, além de estar inserida em uma rede
nacional do esporte, o Lapas colocou Santa Maria ao mapa das Olimpíadas, e
receberá a tocha olímpica em 2016.
Texto
e fotos: Germano Molardi, acadêmico de Jornalismo e bolsista da Agência de
Notícias
Com
informações da Assessoria de Imprensa do Ministério do Esporte


