A Coleta Seletiva Solidária na UFSM, integrante da campanha “UMA: UFSM Sustentável – Universidade Meio Ambiente”, foi formalizada na última segunda-feira (30), no Gabinete do Reitor. A oficialização se deu pela assinatura do Termo de Compromisso entre as associações que farão a coleta dos materiais recicláveis no campus e o reitor, Paulo Afonso Burmann.
A partir disso, a ideia é integrar pequenas ações individuais de coleta seletiva, unificando a forma de separação e organizando a sistemática. “Com a mudança, esperamos que a Universidade dê exemplos para a comunidade acerca da importância que a reciclagem e a questão ambiental têm”, comenta a coordenadora do projeto da coleta, Marta Tocchetto.
A reciclagem ainda é reduzida no Brasil, em especial a dos resíduos urbanos. O baixo nível de informação da população, a desvalorização da atividade de selecionador, a falta de incentivos econômicos para criação de novos mercados e o preconceito em relação à qualidade dos produtos reciclados são alguns dos fatores que contribuem para isso.
No entanto, inúmeras são as vantagens decorrentes da reciclagem. Algumas delas são a redução da extração de recursos naturais, a ampliação do ciclo de vida dos materiais, a geração de renda, a melhoria das condições sociais dos trabalhadores envolvidos e o aumento da vida útil dos aterros.
Neste contexto é que foi aprovado, em 2006, o Decreto Federal nº 5940, que instituiu a Coleta Seletiva Solidária em todos os órgãos federais. A UFSM, apesar da defasagem de dez anos, registra o ano de 2016 na história por implantar o que determina o decreto na Universidade como um todo.
A Coleta Seletiva Solidária é um processo de encaminhamento dos resíduos recicláveis para uma coleta seletiva. É solidária porque a escolha das associações responsáveis por este trabalho se dá de maneira pública.
Quatro associações farão a coleta no campus
Em Santa Maria, existem cinco associações legalmente constituídas. Destas, quatro estão habilitadas a realizar a coleta na UFSM: Associação dos Selecionadores de Materiais Recicláveis (Asmar), Associação de Recicladores Pôr do Sol (ARPS), Associação de Reciclagem Seletiva de Lixo Esperança (Arsele) e Associação Noêmia Lazzarini.
A cada semana, uma realizará a coleta no campus central da Universidade, de modo a oportunizar que todas tenham acesso uniforme aos resíduos recicláveis e de comercialização.
A UFSM está desenvolvendo um trabalho de parceria, disponibilizando um caminhão com motorista e pessoal de apoio para realização da coleta dos recicláveis em diferentes prédios. Para treinar tais auxiliares, desde o início do mês de maio é feita a coleta, todas as quartas-feiras à tarde, nos prédios do CCNE, Ctism, CT, RU, Reitoria, entre outros.
Na medida em que a coleta seletiva se expande pela UFSM, são implantados contêineres adequados e de cores diferentes pelo campus: verde, para resíduos recicláveis, e cinza ou preto, para rejeitos. Há planos para aquisição de contêineres de cor marrom destinados aos resíduos orgânicos, os quais, futuramente, devem ser encaminhados para a compostagem.
Este processo é gerenciado pela Comissão da Coleta Seletiva Solidária, coordenado pela professora Marta Tocchetto, com participação ativa dos professores Everton Behr e Marilise Krügel e do engenheiro Upiragibe Pinheiro.
As coletas pelas associações iniciarão no dia 6 de junho, e acontecerão, inicialmente, nas segundas e quartas-feiras. Essa frequência poderá ser alterada à medida que a adesão aumentar e houver necessidade de recolhimento em menor espaço de tempo.
A intenção, a partir de agora, é expandir a coleta para os demais campi da UFSM. “Temos toda uma preocupação com a formação dos nossos alunos, mas a formação não é apenas a acadêmica; é também uma formação cidadã. A separação do resíduo e o encaminhamento correto é também um processo de educação”, afirma Marta.
Texto e fotos: Andressa Motter, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti

