O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro),
órgão que regula a qualidade dos produtos no Brasil, designou um dos
laboratórios da UFSM como capacitado para avaliar a qualidade de inversores
para energia fotovoltaica. O laboratório escolhido é o LabEnsaios, vinculado ao
Grupo de Eletrônica e Potência de Controle (Gepoc) e localizado no prédio 9-E.
O LabEnsaios é o primeiro laboratório do Rio Grande do Sul a receber essa
designação do Inmetro e é o único no Brasil a realizar ensaios com inversores
com potência maior que 10 Kw.
Os inversores têm como função inverter a energia de corrente
contínua (na qual a energia passa em um único sentido e a voltagem não pode ser
ampliada) para a corrente alternada (que permite vários sentidos de energia e
um aumento na voltagem). Eles também garantem a segurança nas transformações da
energia fotovoltaica (popularmente conhecida como energia solar) em energia
elétrica, desligando o sistema caso ele apresente algum problema. Um inversor
sem a certificação correta pode causar diversos problemas ao usuário, de
interferências em outros equipamentos pela baixa qualidade de energia até
riscos à segurança dos usuários e trabalhadores da rede elétrica.
Para receber a designação do Inmetro, que permite ao
laboratório avaliar inversores de até 30 Kw, o LabEnsaios teve que passar por
uma série de testes promovidos pelo Instituto de Energia da Universidade de São
Paulo, cujo laboratório é tido pelo Inmetro como padrão para esse tipo de
medição.
Obtida em 16 de maio deste ano pelo laboratório da UFSM, a
designação é provisória e dura até 18 meses. Nesse período, o LabEnsaios será
testado pelo Inmetro para que possa receber a acreditação, a qual consiste na
autorização permanente para se realizarem avaliações de produtos em nome do
órgão nacional.
Para o coordenador do LabEnsaios, professor Leandro Michels,
os avanços que o laboratório tem conquistado representam um importante passo
para a consolidação de uma ciência que atue na prática. “Nosso trabalho na área
de energia solar fotovoltaica tem um lado profissional, mas também tem um lado
pessoal no sentido de achar que estamos contribuindo para um mundo melhor,
fazer uma coisa sustentável. Não adianta mantermos só isso no discurso e não
levarmos isso à prática”, afirmou Michels.
Com informações do
Núcleo de Divulgação Institucional do Centro de Tecnologia