Todos os anos, o Festival de Inverno da UFSM tenta alcançar o máximo de pessoas levando a música erudita ao grande público. Neste ano não foi diferente: de 24 a 31 de julho ocorreram, em Vale Veneto, distrito de São João do Polêsine, oficinas e diversas outras atividades pedagógicas para pessoas de todas as idades, que envolviam arte, música, ciência, pesquisa e extensão universitária.
Já o encerramento desta que foi a 31ª edição se deu na noite deste domingo (31), no Theatro Treze de Maio. Professores convidados executaram obras de grandes nomes, como Astor Piazzola, Ludwig van Beethoven e Heitor Villa-Lobos, para um grande público. O concerto foi gratuito.
Ao longo desses 31 anos de Festival de Inverno muita coisa mudou. Segundo a coordenadora, a professora do Departamento de Música do CAL Vera Lúcia Vianna, o diferencial de cada ano são as performances, que variam e tornam um ano diferente do outro. “As obras apresentadas são diferentes. Então, é a dinâmica que transforma o festival”, ressalta.
Todos os anos professores estrangeiros são convidados para participarem do evento, e assim como os professores locais, ministram oficinas e apresentam-se nos concertos. Assim, valoriza-se a questão da vivência, de conhecer novas culturas e formas de pensar. No entanto, esse ano os professores estrangeiros estavam em menor número, por conta dos cortes de gastos, que envolvem deslocamento, alimentação, estadia, entre outros.
Além disso, muitos alunos, de todas as partes do Brasil, também comparecem ao festival. Eles se deslocam de seus estados, muitas vezes do outro lado do país, em busca de aprendizados e vivência da música erudita, além da gastronomia e cultura italiana, estas proporcionadas pela Semana Cultural Italiana de Vale Vêneto, que ocorre paralelamente.
Segundo Vera, essa edição contou com muitos estudantes de outras regiões, e teve grande público para prestigiar todas as atividades do festival. “O melhor retorno que a gente pode obter desses estudantes é ouvir ‘quero voltar ano que vem’”, comenta a coordenadora.
Texto e fotos: Taísa Medeiros, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti
