O Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão (Cepe), em sessão extraordinária na manhã de sexta-feira
(5), autorizou o funcionamento dos cursos da Unidade Descentralizada de Ensino
Superior de Silveira Martins (Udessm) no campus sede da UFSM.
A minuta de resolução
aprovada considera estudo da Fundação Getúlio Vargas, em 2014, que recomenda a
transferência dos cursos, ata do Conselho da Udessm e parecer da Comissão de
Legislação e Normas do Cepe.
Conforme o processo, o curso superior de Tecnologia
em Agronegócio funcionará nas dependências físicas do Centro de Ciências Rurais
(CCR). O curso superior de Tecnologia
funcionará no Colégio Politécnico. O curso superior de Tecnologia em Gestão de
Turismo e o bacharelado em Administração funcionarão no Centro de Ciências
Sociais e Humanas (CCSH).
Os alunos ingressantes até 2015, que
estiverem acompanhando a sequência aconselhada conforme o PPC do curso, terão a
opção de oferta de disciplinas na Udessm (caso houver esta exigência).
Aos alunos residentes
ingressantes até 2015, que mantêm regularidade de fluxo acadêmico, será
disponibilizado transporte gratuito, a partir da sede da Udessm até o campus sede.
As alterações administrativas e de estrutura
organizacional serão objeto de resolução específica a ser examinada em breve pelo
Conselho Universitário (Consu).
O processo de migração dos cursos para o campus de Santa Maria já está ocorrendo.
Interesse institucional e novas
possibilidades para a região
O reitor, Paulo Afonso Burmann, destacou o interesse
institucional do processo, que começou a ser discutido em 2014, devido ao fato de o campus ter a capacidade de
comportar em torno de mil alunos, mas ter somente 310 matriculados
e apenas 189 deles efetivamente frequentando seus cursos. “Há uma
defasagem muito grande entre as possibilidades de oferta lá e o que realmente
está acontecendo”, afirmou.
A questão foi amplamente
debatida com a comunidade de Silveira Martins, inclusive em audiência pública
realizada
de algumas opiniões contrárias junto à comunidade, Burmann afirmou que “a
Universidade tem um papel bem mais amplo, e sobretudo responsabilidade no investimento de recursos públicos”.
Com relação a eventuais
problemas de estrutura com a vinda dos cursos para o campus sede, o reitor
lembrou que há espaços a serem liberados (a exemplo do antigo Hospital
Universitário) e outros a serem inaugurados nos próximos meses. “Nosso cuidado é no sentido de não trazer prejuízo aos
estudantes”, afirmou. A migração foi apoiada pelos estudantes e servidores
da Udessm.
Sem cursos, o campus de Silveira
Martins deverá ter outro aproveitamento, abrindo novas possibilidades para o
município e região.
Pretende-se usar a estrutura existente – o Colégio Bom Conselho,
cedido pela Prefeitura, e um prédio que deverá ser inaugurado ainda em 2016 – para
novos projetos, como o Centro de
Documentação e Memória, Centro de Pesquisa
Núcleo de Estudos em Paisagem, implantação de um banco público de
biodiversidade, entre outros, conforme informou o vice-reitor, Paulo Bayard,
destacando o comprometimento da UFSM com a região.
Também
há a intenção de implantar um centro de eventos
o que beneficiaria não apenas o município, mas toda a Quarta Colônia
