A UFSM vai desenvolver, em parceria com a Universidade de Reims
Champagne-Ardenne e a Universidade de
ozônio antártico”. O projeto foi aprovado recentemente em edital da Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Comitê Francês de Avaliação
da Cooperação Universitária com o Brasil (Capes-Cofecub).
O projeto começou a ser elaborado no primeiro semestre de
2015, mas os detalhes finais foram acertados apenas em outubro do mesmo ano.
Inicialmente, o plano envolvia apenas uma parceria com a Universidade de Reims
Champagne-Ardenne – com quem a UFSM já havia contato devido a projetos
elaborados anteriormente –, mas logo em seguida a Universidade de
trabalhos, muito devido ao fato de esta ser um dos mais importantes laboratórios
de pesquisa de química atmosférica no mundo.
Os efeitos secundários do buraco de ozônio aparecem quando massas de ar
de origem polar (pobres em ozônio) se soltam e se deslocam para as latitudes
médias, o que gera aumento significativo da radiação ultravioleta sobre áreas
habitadas. O objetivo é estudar e modelar os efeitos do buraco de ozônio
da Antártida sobre outras regiões do planeta, com a finalidade de prever a
ocorrência desses fenômenos.
Damaris Kirsch Pinheiro, professora do Departamento de
Engenharia Química e coordenadora de pós-graduação do curso de Meteorologia, é
enfática quanto à importância do projeto.
“O objetivo deste projeto é colaborar na
construção de um modelo de simulação capaz de avaliar o impacto do buraco de
ozônio da Antártida nas regiões subtropicais e de latitudes médias. Desta
maneira, poderá ser criado um mecanismo de vigilância que poderá alertar as
autoridades competentes sobre os riscos iminentes e, assim, melhor informar e
proteger a população. Assim, poderá ser criado um mecanismo de vigilância que
poderá alertar as autoridades competentes sobre os riscos iminentes, melhor
informando e protegendo a população”, afirma.
Segundo ela, ainda não existe nenhuma ferramenta dedicada à simulação
e à previsão das ocorrências de tais eventos, o que torna a iniciativa inédita.
O projeto reúne equipes brasileiras e francesas com competências
complementares: físicos da atmosfera no trabalho com o problema do transporte
do ozônio estratosférico no hemisfério sul e cientistas da computação com
competência em cálculo paralelo, big data e mineração de dados.
O projeto será executado pelos próximos dois anos e também envolverá
intercâmbios acadêmicos de estudantes de mestrado e doutorado entre as três
universidades, além de reuniões entre os participantes e participações
conjuntas em eventos científicos da área.
Texto: Felipe Michalski, acadêmico de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti
Foto: Arquivo
