No último dia 5, o Hall da Reitoria da UFRGS, que hoje é também um espaço de intervenções culturais e de exposições itinerantes, recebeu uma mostra singular: trata-se da exposição “Fantástico Brasileiro: O Insólito Literário do Romantismo à Contemporaneidade”, exposição que tem despertado a atenção de especialistas e leitores de todo o Brasil justamente por valorizar uma literatura que não costuma ganhar espaço nos contextos acadêmicos mais tradicionais.
Em 23 painéis historiográficos e 3 especiais – que destacam editoras e regiões do país – obras literárias de fantasia, horror, realismo mágico e ficção científica, entre outras, são apresentadas a partir de um recorte histórico que parte de nomes como Álvares de Azevedo, Aluísio de Azevedo e Machado de Assis, passa por Guimarães Rosa, Lygia Fagundes Telles e Erico Verissimo, e chega a contemporâneos como Paulo Coelho, Carolina Munhoz e Felipe Castilho. No total, são mais de 90 autores e mais de 200 obras contempladas, numa exposição que promete ampliar seu escopo à medida que a pesquisa de seus curadores evoluir.
A exposição ficará na UFRGS até 30 de maio e depois seguirá para outras capitais, antes de ser instalada na UFSM como exposição permanente no Centro de Documentação e Memória, num projeto coordenado pelo Laboratório Corpus e concebido pelo projeto de extensão Bestiário Criativo. A curadoria da exposição conta com pesquisa e textos do professor do Departamento de Letras Clássicas e Linguística Enéias Tavares e do pesquisador e editor Bruno Anselmi Matangrano (USP/CNPq) e design da ilustradora e artista Jéssica Lang.
A exposição homenageia o autor gaúcho Max Mallmann (1968-2016). “Fantástico Brasileiro” já tem página oficial e integra o projeto de pesquisa dos dois curadores, “História do Insólito na Literatura Brasileira”, projeto que objetiva mapear do norte ao sul do Brasil quais os exemplos de literatura fantástica que perpassam a produção ficcional do nosso país. Quanto à exposição, ela tem o apoio do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS e de diversos setores da UFSM, como o DLCL, o Centro de Artes e Letras, as coordenações do PPGL e dos cursos de Letras e Produção Editorial, bem como do Gabinete do Vice-Reitor.
Fotos: Divulgação


