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UFSM conta com tradutores e intérpretes para atendimento a pessoas surdas



Com o ingresso de acadêmicos
surdos na Universidade Federal de Santa Maria, a instituição passou a procurar
formas de atendê-los de modo que seu acesso à educação fosse possível e de
qualidade. No momento, há 12 tradutores e intérpretes na UFSM, além de 29
pessoas surdas, entre alunos e professores.

Outra
forma de experimentar o mundo

As
contratações de tradutores e intérpretes de Língua de Sinais (TILS) na UFSM
estão acontecendo devido à crescente demanda de pessoas surdas inseridas nos
mais diferentes âmbitos da universidade. No Brasil, o tradutor e intérprete de
Língua Brasileira de Sinais (Libras), assim como os tradutores de todas as
outras línguas – inglês, espanhol, francês – tem a função de traduzir e/ou
interpretar de uma língua para a outra.

A
coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFSM, Sílvia Pavão, explica que o
trabalho dos TILS é organizado conforme a demanda. “Organiza-se os horários
conforme as disciplinas em que os alunos surdos estejam matriculados e os
professores surdos estejam ministrando e, de acordo com a disponibilidade,
atende-se às solicitações de serviço de tradução e interpretação de Libras em
eventos, congressos, reuniões, seminários, grupos de estudo, entre outras
atividades inerentes ao contexto da universidade”.

Para
que os acadêmicos surdos sejam
contemplados na esfera universitária é necessário que a informação seja
transmitida em sua primeira língua, neste caso a Língua de Sinais, por meio do
trabalho dos TILS; ou estar em contato com conteúdos que contenham elementos
visuais, pois eles são uma das únicas vias de acesso ao conhecimento que estes
alunos possuem. A
pessoa que não é surda é chamada de ouvinte. Se ela desejar se comunicar com um
estudante surdo, pode solicitar a presença de um tradutor e intérprete durante
sua conversação. Para isso, deve preencher um formulário eletrônico disponível
na página da Coordenadoria de Ações Educacionais (CAED), disponível na aba
“Solicitação de Intérprete de Libras”.

A página pode ser acessada aqui. A solicitação deve
ser realizada com no mínimo uma semana de antecedência. Só serão aceitos
formulários em que haja confirmação de participantes surdos.

O CAED
também oferta diferentes tipos de apoio às pessoas surdas como atendimentos pedagógicos,
psicológicos e projetos que são realizados no setor.

Pessoas surdas e pessoas com deficiência
auditiva

Embora seja constante o uso desses dois
termos como se tivessem o mesmo significado, Silvia explica que há diferença. A
pessoa surda é aquela que se reconhece como sujeito diferente, falante de uma
língua de modalidade visual/espacial. “Essa pessoa se enxerga como alguém que
tem uma forma diferente de experienciar o mundo”, pontua. O deficiente auditivo
é aquele que não se reconhece como surdo e que busca se aproximar do que
chamamos de “norma ouvinte”, ou seja, faz uso de tecnologias que o
permitam se aproximar da norma tida como padrão que seria ouvir, se
identificando como pessoas deficientes.

Silvia
argumenta que a UFSM tem se esforçado no sentido de garantir que todos os
surdos possam ter o acompanhamento do TILS e para que os professores sejam
informados e orientados acerca da presença e das demandas dos surdos na
instituição. “O número de surdos no Ensino Superior é crescente, ou seja, a
demanda de mais profissionais também é exponencial, visto que são diversas as
atividades das quais os surdos participam”, conta.

A
inserção de alunos surdos nas universidades é relativamente recente. Silvia
aponta que isso é resultado de ações que
propõem a inclusão social e educacional. “O sistema de ingresso na UFSM se dá
por meio do Enem. Contamos com uma política de reserva de vagas, onde as
pessoas surdas podem ingressar por meio deste sistema de cotas”, explica.

Curta Libras

A TV
Campus, da UFSM, criou a série Curta-Libras, dirigido, principalmente, aos
alunos surdos. As atividades e vivências dos personagens durante os episódios
são narradas em Libras e acompanhadas de legendas. A série traz um contexto de
experiências particulares, possibilitando a não generalização das capacidades
da pessoa surda. Ao final de cada episódio, um quadro educativo apresenta aos
ouvintes os significados dos sinais mais usados pelos protagonistas. As cenas
são todas em Libras e contam com a tradução para a língua portuguesa oral pelas
intérpretes do Núcleo de Acessibilidade da UFSM.

O
projeto é coordenado pela professora Anie Pereira Goularte Gomes e conta com o
apoio da professora Melânia de Mello Casarin, ambas do departamento de Educação
Especial da UFSM. A equipe de produção do programa é grande, envolvendo cerca
de 20 pessoas, o que inclui alunos, professores e técnico-administrativos do
Centro de Educação. A realização ficou por conta da equipe da TV Campus, com
produção de Anaqueli Rubin, imagens de Gilvan Petters e edição de Tales
Richter.

O vídeos do Curta-Libras podem ser acessados na página da TV Campus.

Além deste programa, existem outros projetos
voltados a pessoas surdas que trabalham com Língua de Sinais como o Mãos
Livres, Glossário Digital e o curso semestral de Libras ofertado pela Caed.
Para mais informações acesse o site UFSM (http://site.ufsm.br).

Texto: Bruno Steians, acadêmico de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias da UFSM
Edição: João Ricardo Gazzaneo

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