A primeira edição do Seminário Cultura Indígena e
Universidade foi realizada na UFSM e contou com apresentações artísticas, rodas
de conversa e mesas de debate. O evento foi voltado aos estudantes indígenas da
universidade, comunidades indígenas da região, escolas de educação básica e
comunidade acadêmica em geral e ocorreu na quarta (6) e quinta-feira (7).
O seminário foi promovido pelas pró-reitorias de
Graduação (Prograd), de Assuntos Estudantis (Prae) e de Extensão (PRE), em
conjunto com a Coordenadoria de Ações Educacionais (Caed) da UFSM, Museu da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Serviço Social do Comércio (Sesc).
Enquanto o primeiro dia contou com apresentações, manifestações institucionais
e de acadêmicos indígenas, o segundo trouxe um painel sobre as políticas de
acesso e permanência dos estudantes indígenas na UFSM. Também houve um momento
de conversa entre os alunos sobre a atual conjuntura.
O ponto principal abordado nos painéis foi o corte
no auxílio financeiro a estudantes indígenas e quilombolas. O Programa
Bolsa-Permanência auxilia esses alunos a se manter nas instituições públicas de
ensino, através de R$ 900,00 mensais destinados a moradia, alimentação e
material didático. A proposta feita pelo Ministério da Educação é de que sejam
destinadas 800 bolsas para estudantes indígenas e quilombolas em todo o Brasil.
Isso representa um corte de aproximadamente 4 mil bolsas anuais.
Com a adoção do sistema de cotas, 85 estudantes
indígenas ingressaram na UFSM. O auxílio permanência é essencial para que se
mantenham aqui e consigam concluir a graduação. Segundo o pró-reitor de
Assuntos Estudantis, Clayton Hillig, a universidade já está mobilizada para que
esses alunos tenham as condições necessárias para permanecerem na instituição
até o final da graduação.
Texto:
Melissa Konzen, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias