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Semana 8M: UFSM promove oficinas técnicas para o público feminino

Participantes tiveram contato com conhecimentos úteis ao dia a dia



As oficineiras mostraram às participantes os sinais que o carro emite quando precisa de algum reparo

Ao longo da semana, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão (PRE), por intermédio da Casa Verônica, promoveu diversas atividades em alusão ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado na última quarta-feira (8). Dentre as atividades, destacam-se oficinas de noções básicas de elétrica residencial e mecânica automotiva, além de aulas de muay thai e boxe. As ações visaram promover conhecimentos que as participantes possam usar em suas rotinas, mas que muitas vezes são apenas de domínio masculino.

Segurança do conhecimento – Na segunda-feira (6), no Centro de Tecnologia (CT), as acadêmicas Júlia Gracioli Firmiano e Danielle Ferrari dos Santos, estudantes do curso de Engenharia Elétrica e integrantes do Programa de Educação Tutorial (PET) do mesmo, ministraram a oficina de elétrica residencial. Durante toda a manhã, as participantes aprenderam a parte teórica e a prática. Nesta última, cada uma conseguiu criar um circuito para acender uma lâmpada.

A atividade atraiu Edineia Oliveira Silva, do curso de Letras/Espanhol (Licenciatura), que veio a fim de acessar orientações, principalmente em relação a como agir em casos de emergência. “Posso utilizar isso no meu apartamento, para evitar que o chuveiro dê choque, dentre outras situações”. Assim como Pietra Hippólito, acadêmica de Medicina, que queria saber mais sobre questões de segurança e conhecimento doméstico: “eu moro sozinha, é bem ruim, e até perigoso às vezes, depender de uma pessoa externa para algum auxílio”. Além disso, Pietra reviu conhecimentos de física que não via desde o colégio, mas que conseguiu relembrar pela abordagem que partiu do básico, feita pelas oficineiras. Ela também ressalta a importância de o público participar de oficinas oferecidas pelos grupos da UFSM e, assim, usufruir do contato dos campos que são disponibilizados.

Do outro lado, Júlia Gracioli gosta de ministrar o curso por ser uma forma de chamar mulheres para uma área que carece de profissionais femininas. Ainda, essas atividades são uma amostra de uma possível carreira, a docência: “é ótimo experimentar todas as vivências que o curso nos dá”.

Na oficina de elétrica residencial, cada uma das mulheres participantes conseguiu criar um circuito para acender uma lâmpada

Na terça-feira (7), foi a vez da mecânica automotiva. Na oficina, Natalia Feistel e Júlia Velho, acadêmicas de Engenharia Mecânica, destrincharam o interior de um carro e os sinais que ele emite quando precisa de algum reparo. Assim como a oficineira de elétrica, Júlia também gostou de compartilhar os conhecimentos, função com a qual sente uma identificação e em que pretende trabalhar por muito tempo. Na troca com as participantes, ela percebeu que muitas não tinham informação alguma, mas depois já estavam interagindo com perguntas e no relato de experiências. “Até ultrapassamos o tempo limite, devido ao interesse das participantes. Senti-me confortável em estar conversando com elas, foi fantástico”, conta.

Uma das interessadas foi Vanessa Ribeiro, servidora técnico-administrativa do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Ela considera importante ter um checklist do funcionamento do carro, algo ao qual as mulheres não têm muito acesso. “É importante porque, quando formos procurar um profissional adequado, saberemos especificar os principais problemas, teremos a noção básica. É melhor do que ele falar e não entendermos o que houve”, relata a servidora. Além do mais, Vanessa ficou contente em ver as ministrantes e saber que têm mulheres participando de projetos dessa área.

Trabalho em conjunto – Bruna Loureiro, coordenadora da Casa Verônica, conta que a ideia para as oficinas veio na intenção de deslocar o que é considerado o lugar da mulher. Pretendeu-se promover espaços de reflexão sobre o que é ser mulher, os desafios e as lutas. Segundo Bruna, os conhecimentos das oficinas não costumam ser passados culturalmente às mulheres. Assim, como relatou a participante Vanessa, é muito importante ver as mulheres como oficineiras, ao receber outras mulheres, estando ali como protagonistas do saber. “São informações úteis para o nosso dia a dia. Talvez trocar uma tomada possa ser algo que um homem saiba mais do que nós, mas não é regra, isso está mudando. Podemos desenvolver conhecimentos”, afirma a administradora.

Bruna reitera o retorno positivo das participantes, e lamenta não ter sido possível oferecer mais turmas, visto que as oficinas são ministradas por voluntárias e as atividades são práticas. Também associa o sucesso das atividades à parceria com a Progep, já que as atividades contribuem para a qualidade de vida no ambiente de trabalho, como no caso dos exercícios de luta. Pedidos e interesse para a continuidade de ações como essas no decorrer do ano existem, mas dependem de disponibilidade de recursos. “Quero agradecer e também enaltecer o trabalho com outros setores para fortalecer a instituição. Igualmente agradeço o engajamento do público, porque criamos essas atividades para que sejam aproveitadas”, finaliza Bruna.

Texto e fotos: Gabrielle Pillon, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias

Edição: Lucas Casali

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