A recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino Superior, anunciada pelo Governo Federal no dia 20 de abril, foi um dos temas da entrevista coletiva concedida pela Reitoria da UFSM à imprensa na manhã desta sexta-feira (5), na Sala dos Conselhos. A UFSM receberá uma suplementação de R$ 32,4 milhões. 

O orçamento da UFSM no início deste ano era de R$ 109,9 milhões. Sendo mantido, a previsão era de que faltariam cerca de R$ 18,4 milhões para honrar todas as despesas ao final do ano. Somando-se ainda os R$ 8,5 milhões que faltaram em 2022, o saldo negativo seria de R$ 26,9 milhões.

Por isso, o valor suplementar anunciado pelo governo veio em boa hora. “Nossa Universidade, depois de cinco anos, volta a discutir onde investir recursos, e não onde fazer cortes”, afirmou o reitor, Luciano Schuch.

Da suplementação de R$ 32,4 milhões, R$ 26,4 milhões serão destinados para manutenção/custeio (contas do dia a dia, como água, luz, telefone, limpeza, vigilância, materiais para laboratórios e salas de aula, manutenção de equipamentos, bolsas de pesquisa, além de alimentação, moradia e bolsas a estudantes). O restante, R$ 6 milhões, será utilizado em investimentos (ver detalhadamente na imagem ao lado e abaixo).

Do orçamento atual com a suplementação, R$ 142,3 milhões, a maior parte será para manutenção, R$ 128,9 milhões, e o restante, R$ 13,4 milhões, para investimentos (valores detalhados no link).

Voltar a ter a UFSM funcionando

Schuch relatou que, com a suplementação orçamentária, será possível voltar a ter a Universidade funcionando, mantendo serviços como corte de grama com regularidade, pequenas manutenções, entre outros, mas não o aumento de postos em vigilância e portaria, por exemplo.

“Não estamos com recurso sobrando. Se nós recebêssemos mais R$ 40 milhões agora, investiríamos tudo, porque a Universidade precisa de recursos para projetos, e quanto maior o recurso, maior é a capacidade de execução de nossos projetos de ensino, pesquisa e extensão”, afirmou.

Em relação a obras, a UFSM tem uma demanda represada de cerca de R$ 18 milhões. O reitor citou algumas obras previstas, como do Laboratório de Silvicultura, já em licitação, o meliponário no Campus de Palmeira das Missões e a reforma do Teatro Caixa Preta. Também há uma demanda de cerca de 14 elevadores, sendo que três deles já deverão ser instalados neste ano – nos prédios 40, 42 e 44. 

“O primeiro ano de gestão foi muito difícil, e agora temos a alegria de dizer que vamos voltar a fazer calçada com acessibilidade, a comprar equipamentos para laboratórios. Como é bom fazer gestão quando existe investimento e credibilidade do papel da universidade, da ciência”, ressaltou o reitor, acrescentando que projeções mais otimistas ficam para o futuro. A expectativa é de melhorias nos próximos três anos, com condições, enfim, de possíveis expansões. 

Como será distribuída a suplementação do orçamento de R$ 32,4 milhões:

Recursos para manutenção – R$ 26,4 milhões, sendo:

R$ 1,5 mi – Recomposição de fundos  

R$ 1,7 mi – Reajuste de bolsas

R$ 2,5 mi – Restaurante Universitário 

R$ 7,0 mi – Unidades de Ensino 

R$ 8,5 mi – Saldo devedor de 2022 

R$ 5,2 mi – Manutenção de 2023 

Recursos para investimentos – R$ 6 milhões, sendo:

R$ 1,5 mi – Reequilíbrio de obras

R$ 2,0 mi – Reformas 

R$ 2,5 mi – Soluções de tecnologia da informação (TI)

Foto de capa: Daniel Michelon de Carli/Unicom